JBS compra em país vizinho e paga quase R$ 200 na arroba

Paraguai avança na exportação de 40.000 bovinos para o Brasil, JBS paga quase R$ 200 na arroba; será esse o motivo dos estoques estarem cheios?

A chegada de mais de 40.000 animais dos nossos vizinhos Paraguaios, estão chegando para serem abatidos no maior frigorífico do Brasil, eles foram negociados como forma de correr dos baixos preços da arroba no país de origem. Como solução, eles estão escoando a produção do boi gordo em pé, para o Brasil como forma de ganharem mais no preço da arroba.

Para encontrar alternativas aos “preços baixos” que os frigoríficos estão oferecendo pelo boi gordo no Paraguai, os produtores de gado estão avançando nos processos de exportação de 40.000 cabeças para o Brasil.

O preço de compra é equivalente a US $ 3,10 por quilo de carcaça, aproximadamente

O presidente da Associação Paraguaia de Produtores e Exportadores de Carne (Appec), Fernando Serrati, comentou ao site paraguaio El Agro que a exportação em pé “está quase concluída” e “deve sair antes do final do ano”.

Na publicação, Serrati disse que das 40.000 cabeças, 30.000 irão para a empresa JBS e 10.000 para a Astra Refrigerator, nos dois casos são frigoríficos no Brasil. Ele também disse que “o preço de compra é equivalente a US $ 3,10 por quilo de carcaça, aproximadamente”. O dólar está sendo cotado em 4,20, a arroba chega a quase R$ 200!

O presidente da Appec comentou que os novilhos serão exportados para abate imediato. E ele disse: “Além de que a ordem de exportação foi feita pelo sindicato, todos os agricultores do país podem executar o gerenciamento de exportação correspondente”.

Barbaridade, até quando?

O pecuarista brasileiro, depois de longos seis anos amargando uma arroba sem correção e os custos subindo, viu um momento de começar a respirar e aumentar a sua margem de lucro. Infelizmente, numa tentativa desenfreada, os frigoríficos correram para conter o que seria a quebra do grande lucro das industrias.

Buscando aliar a mídia para pressionar o mercado. Em um primeiro momento, colocou a queda no consumo interno como a culpada pelos altos estoques. Logo depois, disse que o preço estava insustentável e que o maior preço da carne era “culpa” dos pecuaristas. Pois bem, será que é tudo verdade?

O consumo da carne no Brasil, aumentou nos últimos anos, o que antes era um artigo de luxo, virou rotina na mesa dos brasileiros. A alta que a carne sofreu, foi sentida pela população, assim como a da gasolina a alguns meses. Entretanto, assim como qualquer produto, o consumidor se adequá e volta a consumir, em maior ou menos quantidade, como o apresentada nos últimos levantamentos.

A notícia da semana é que os frigoríficos estão com escalas confortáveis e, por isso, não pagariam altos valores pela arroba do boi gordo. Mas, se o pecuarista, por um lado, tem segurado a boiada e o boi de pasto ainda não está pronto, da onde vem o boi que está sendo morto?

Todos os animais confinados, apesar de estarem prontos para o abate, não são suficientes para manter essa escala folgada. Por isso, fique atento e não venda seu boi por um preço baixo, porque eles estão pagando mais caro lá fora!

Compre Rural com informações do El País Digital e Beef Point

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