A peste suína africana, doença que pode dizimar a maior parte do rebanho de suínos, foi detectada em Javalis e acende o alerta para autoridades no Brasil!
A reprodução desenfreada desses animais, que não nativos do país, trazem um grande prejuízo iminente. Além dos ataques às lavouras, a presença desses javalis coloca em risco a produção de suínos de todo o Brasil. “Se a peste suína clássica, registrada no Nordeste, ou a africana, que atinge a Ásia, entrarem no país, a indústria de suínos sofrerá um impacto enorme”, afirma.
Para se ter uma ideia, as fêmeas podem ter, em média, oito crias por ano, o que pode elevar a população desses animais — estimada entre 200 e 400 mil — para 1,3 milhão em três anos. “É uma taxa de reprodução muito alta. Se os índices de mortalidade e abate por pressão de caça, for apenas 10%, isso representa duplicação a cada ano”, afirma o assessor técnico da secretaria João Pimentel.
Um caso de peste suína africana (FSA) foi confirmado em um javali no leste da Alemanha, disse o ministro da Agricultura da Alemanha na quinta-feira.
O caso dizia respeito a um javali, não um animal de fazenda, encontrado perto da fronteira germano-polonesa no estado oriental de Brandenburg, disse a ministra da agricultura alemã, Julia Kloeckner, em uma entrevista coletiva.
Um caso suspeito em um javali foi anunciado na noite de quarta-feira e testes do Instituto Friedrich Loeffler confirmaram a presença da doença, disse Kloeckner.
A doença não é perigosa para os humanos, mas fatal para porcos e rebanhos. Alguns países impõem proibições de importação de regiões onde foi descoberto, mesmo em javalis não agrícolas.
E no Brasil não será diferente
A peste suína africana tem o poder de dizimar a população de suínos, assim como na China, lembrando que não há vacina para a doença. Já não é uma questão de “se a doença atingir, mas sim de quando ela irá atingir a produção pecuária do Brasil”. É hora de acabar com essa praga chamada Javali!.
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O estudo realizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estima que, em uma situação hipotética de que o vírus de uma dessas doenças atinja a população de javalis, os prejuízos partiriam de R$ 3 bilhões, com potencial para atingir R$ 50 bilhões.
Em um contexto em que a população de javalis espalhasse vírus para outros lugares do país, a conta fica ainda maior, segundo a pesquisadora. “Os javalis são suscetíveis a diversas doenças que podem ser espalhadas para outros animais de interesse comercial. Então, isso não é restrito à suinocultura. Às vezes, pela semelhança dos animais, as pessoas fazem essa relação, que na verdade não existe. Se a gente considerar a hora que um surto se espalhasse pelo Brasil e atingisse outros rebanhos, como o bovino, esse valor poderia passar dos R$ 50 bilhões”, ratifica Ana.
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Caso a doença chegue aos suínos os prejuízos partiriam de R$ 3 bilhões, com potencial para atingir R$ 50 bilhões.
O controle dos javalis que circulam pelo país, segundo Ana, é a única forma de se promover uma redução dos prejuízos que podem ser causados pela espécie invasora.
“Hoje não se fala nem em erradicação, porque o rebanho é tão grande e tão espalhado que a gente não consegue mais. Mas é crucial haver um controle dessas populações para que não corram o risco de contaminar os nossos animais de criação comercial e também não destruam as lavouras”, lembra.