Javalis estão “aterrorizando” os produtores, alguém ajuda?

Caçadores de javali encontrarão em Minas Gerais 198 cidades com os animais, lembrando que a caça do animal é permitida e deve acontecer para controle da população da praga!

Minas Gerais é um dos Estados que sofrem com a presença de javalis nas matas. Os animais são considerados pragas para os produtores rurais e à sociedade. Esses suídeos exóticos ameaçam lavouras, gado, nascentes e espécies em extinção. Além disso, qualquer pessoa pode sofrer ataques, pois são animais ferozes.

Por isso que no Brasil, a caça deste tipo de animal é legalizada. Mas os caçadores precisam seguir regras dos órgãos federais para a prática. E no caso de tudo regularizado, Minas Gerais se torna um campo de diversão para os entusiastas, que contribuem com o manejo da espécie. No Estado, 198 municípios registram a presença do animal.

Para se ter noção da gravidade da presença desses animais, 64 dessas cidades estão classificadas como prioridade extremamente alta para a prevenção, no aspecto ambiental. Ou seja, o javali é uma ameaça preocupante para a flora e a fauna mais sensíveis.

Existem várias espécies endêmicas ou ameaçadas de extinção por lá com o risco de serem atacadas, destaca o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).

Para caçar um javali no Brasil, os caçadores precisam estar devidamente cadastrados no Sistema de Informação de Manejo de Fauna (Simaf). E cada autorização precisa de renovação a cada trimestres. Esta permissão é emitida digitalmente.

É necessário seguir várias regras relacionadas ao Simaf. As autorizações estão condicionadas, por exemplo, à informação sobre o tipo de armamento que será utilizado e a propriedade em que a caça será realizada. Cabe multa de R$ 2 mil para o descumprimento das normas. No caso das armas, é necessária a licença para a posse do armamento do Exército Brasileiro.

Em Minas, o IMA realiza o treinamento para o manejo e controle da Peste Suína Clássica (PSC) para os caçadores, que aprendem a coletar amostras de sangue dos animais. Esse material contribui para o instituo monitorar o cenário e evitar possível risco sanitário à atividade pecuária.

Porém, é muito importante diferenciar os animais. Os caçadores estão liberados para o manejo dos javalis. Mas catetos e queixadas, que podem ser encontrados nas matas, são protegidos por lei e não podem ser confundidos com a praga dos agricultores mineiros.

Doenças 

A javalina se torna fértil antes de completar um ano de vida e a gestação dura por volta de três meses, com cada fêmea podendo gerar até 14 filhotes por ninhada. O consumo da carne do javali não é recomendado, uma vez que ela não é inspecionada pelos órgãos de controle de saúde animal. A venda e o transporte do animal morto também são proibidos.

O javali pode ser portador e transmissor de doenças para outros suínos (tuberculose, brucelose, leptospirose), bovinos (brucelose e tuberculose) e também para o homem. Ele também pode ser veiculador de febre aftosa, como o Mapa adverte.

Os problemas são maiores

Ação do javaporco nas fazendas

» Destrói lavouras;
» Riscos como reservatório e transmissor de muitas doenças (Leptospirose e Febre Aftosa);
» Fuça a vegetação nativa;
» Dispersa ervas daninhas;
» Desregula processos ecológicos (sucessão vegetal e composição de espécies);
» Predador  (juvenis de tartarugas terrestres, tartarugas marinhas, aves marinhas e répteis endêmicos).
» Para impactos só de ordem ambiental, uma revisão global listou 27 tipos de efeitos da ação do animal.

Siga o Compre Rural no Google News e acompanhe nossos destaques.
LEIA TAMBÉM