Que os javalis causam prejuízo em todo o mundo, não é novidade. Agora, além das lavouras destruídas e ataque aos humanos, espécie começa a dar prejuízo para os traficantes!
Uma manada de javalis cheirou cerca de 88 mil reais em cocaína ao destruir o esconderijo onde estava a droga. O episódio ocorreu em uma floresta de Toscana, na Itália. As autoridades acreditam que o produto estava camuflado para evitar que fosse descoberto pela polícia. Uma notícia um tanto quanto inusitada e que deixa a todos um tanto quanto curioso com o fato. Confira essa peripécia dos javalis!
Segundo o jornal britânico Metro, os traficantes pretendiam vender o entorpecente nas discotecas da cidade italiana de Arezzo. Os investigadores descobriram que os javalis consumiram a substância ilícita ao ouvir uma escuta telefônica entre os traficantes. Durante a chamada, o bando se queixava sobre a presença de javalis no local.
Javalis estão entre as espécies que mais causam prejuízos as atividades agrícolas de todo o mundo.
Após a ligação, três albaneses e um italiano foram capturados. Dois foram detidos e outros dois ficaram sob prisão domiciliar. Não se sabe como foi a “ressaca” dos suínos.
Resultado da maior caça do javali do Brasil, veja o vídeo!
Conforme a PMA, a caça do javali é permitida, pois o animal é considerado nocivo, por ser uma espécie exótica que traz grandes prejuízos. Veja!
No vídeo, um grupo de caçadores autorizados a fazer o controle populacional da espécie, mostram o resultado da caça do javali, que é permita por lei no Brasil. Impressionante a eficiência da técnica, foram mais de 100 javalis abatidos em uma caçada. Confira ao final da matéria o vídeo!
Lembramos ainda que, o uso de cães e de armas de fogo estão admitidos, em todo o país, na perseguição e caça dos javalis, animais conhecidos por causar prejuízos nas lavouras de grãos e atacar ovelhas.
A Instrução Normativa (IN) do Ibama n° 12/2019, publicada no Diário Oficial da União nesta quinta-feira (04/04) institui o Sistema de Informação de Manejo de Fauna (Simaf) para monitoramento das atividades de manejo do javali (Sus scrofa). A norma também aprimora a IN 03/2013, que decreta a nocividade e autoriza o controle populacional da espécie.
A nova norma também inova ao criar um sistema eletrônico para que os caçadores enviem ao Ibama relatórios sobre o manejo da espécie exótica. Até então, os dados precisavam ser entregues nos escritórios do Ibama periodicamente.
Os controladores de javalis no Estado avaliam que a nova IN diminui a burocracia e traz segurança jurídica, embora no Rio Grande do Sul o uso de cães e armas já fosse comum. A norma determina que os cães de agarre devem portar colete peitoral com identificação.
O responsável também deverá contar com atestado de saúde do animal e carteira de vacinação atualizada.
“Antes ficávamos na dúvida se podia usar o cão ou não. Agora ficou claro”, comenta Marcelo Mesko Rosa, de Pinheiro Machado, que participou da capacitação para controladores de javalis, oferecida pela Secretaria da Agricultura.
A flexibilização da caça, no entanto, é vista com cautela por algumas lideranças. O vice-presidente da Farsul, Carlos Simm, diz que o controle da espécie exótica é necessário, tendo em vista os estragos que provocam principalmente nas lavouras de milho e culturas de inverno, mas que depende de ações organizadas.
“A facilitação do controle dos javalis não pode dar a impressão de que a caça está liberada sem restrições. As propriedades privadas não podem ser invadidas”, pontua.
Sobre o uso de cães, considera uma alternativa, desde que bem treinados.
O secretário municipal de Desenvolvimento Rural de Bagé, Cleber Zuliani Carvalho, também faz ressalva sobre o uso de cães para a perseguição e caça. “Muitas vezes, na tentativa de capturar um javali, o cachorro dispersa o bando e aí acabam se formando novas famílias de javalis em outros lugares”, aponta.
O uso de armadilhas do tipo jaula e curral, ferramentas que oferecem mais segurança e eficiência, está autorizado pela norma.
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Em maio, a Secretaria da Agricultura irá abrir nova turma para a capacitação em monitoramento e vigilância sanitária de javalis. Uma das coordenadoras do Programa Estadual de Sanidade Suídea, Fernanda do Amaral, explica que os controladores são treinados a coletar sangue dos javalis abatidos que serão transportados.
A coleta é analisada em laboratório oficial. “É a forma de fazermos vigilância para a peste suína clássica.”