Itaú BBA “compra terras” da BrasilAgro, em aposta no agronegócio

Segundo o Itaú BBA, a BrasilAgro apresenta uma história de crescimento convincente dentro do agronegócio, impulsionada por suas aquisições estratégicas de terras, portfólio diversificado de culturas e comprometimento com práticas sustentáveis.

O Itaú BBA, reconhecido por sua forte atuação no mercado financeiro, iniciou a cobertura da BrasilAgro, uma das poucas companhias do agronegócio listadas na B3. Segundo o banco, a empresa apresenta uma história de crescimento convincente dentro do agronegócio, impulsionada por suas aquisições estratégicas de terras, portfólio diversificado de culturas e comprometimento com práticas sustentáveis.

O banco anunciou recomendação de compra para as ações da empresa, com um preço-alvo de R$ 34, representando uma valorização potencial de 32% em relação ao valor atual, de R$ 26,10, registrado na quarta-feira, 25 de setembro.

O relatório emitido pelos analistas Gustavo Troyano e Bruno Tomazetto do Itaú BBA descreve a BrasilAgro como uma empresa com um modelo de negócios único e promissor, focado na comercialização e aquisição de terras agrícolas. Eles destacam que o crescimento da empresa é sustentado por um portfólio diversificado de culturas e o compromisso com práticas sustentáveis.

A BrasilAgro também se diferencia por equilibrar riscos entre as operações agrícolas e imobiliárias, garantindo um fluxo de receita diversificado e uma proteção contra a volatilidade do mercado. “Acreditamos que o foco da empresa em otimizar o uso da terra, enquanto gera fluxo de caixa livre recorrente, continuará apoiando a criação de valor no longo prazo”, afirmam os analistas.

“Acreditamos que o foco da empresa em otimizar o uso da terra, enquanto gera fluxo de caixa livre recorrente, continuará apoiando a criação de valor no longo prazo”, afirmam os analistas.

Mesmo com os desafios trazidos pela queda nos preços das commodities agrícolas, o Itaú BBA considera a BrasilAgro uma alternativa atrativa e barata para a compra de terras no Brasil. Segundo o relatório, a empresa negocia com um desconto de 25% em relação ao valor presente líquido (VPL), o que pode representar uma oportunidade interessante para investidores estratégicos.

Outro ponto relevante mencionado pelo Itaú BBA é a forte correlação das ações da BrasilAgro com os preços dos grãos, que atingiram sua mínima em cinco anos. Isso pode indicar que o momento ideal de entrada no mercado esteja próximo, já que uma possível recuperação dos preços pode beneficiar as operações da empresa.

Além disso, a companhia tem se dedicado a melhorar a eficiência operacional e a gestão de custos em suas fazendas, o que fortalece tanto sua produção agrícola quanto suas operações imobiliárias. No entanto, o banco reconhece que o ambiente atual de mercado, marcado por desafios como a queda nos preços das commodities, impõe dificuldades, mas também cria oportunidades de aquisições de terras a preços mais competitivos.

BrasilAgro

Segundo o Itaú BBA, a BrasilAgro está estrategicamente posicionada para tirar proveito dessas condições. A empresa mantém um foco claro na aquisição e desenvolvimento de novas propriedades, fortalecendo suas perspectivas de crescimento a longo prazo. Esse movimento faz parte de uma estratégia diversificada, que equilibra a transformação de terras com a produção agrícola, garantindo geração de valor mesmo em cenários adversos no mercado.

“A flexibilidade da BrasilAgro em ajustar sua estratégia conforme as dinâmicas do mercado permite que a empresa mantenha sua resiliência e potencial de crescimento, mesmo em condições mais desafiadoras”, ressalta o relatório do BBA.

Com essa postura, a BrasilAgro demonstra estar pronta para continuar sua expansão, aproveitando as oportunidades geradas pelo atual cenário e maximizando seu valor a longo prazo.

Em 2024, as ações da BrasilAgro acumulam uma desvalorização de 2,2%, mas o Itaú BBA aposta que a empresa está bem posicionada para crescer e gerar valor a longo prazo, especialmente com sua estratégia de diversificação de portfólio entre regiões, culturas e estágios de maturidade das propriedades.

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