Segundo a Agência Nacional de Águas (Ana) e Embrapa, Estados campões em irrigação são Minas Gerais, Goiás e Bahia. Levantamento triplicou entre 2007 e 2017.
A irrigação por pivôs centrais vem crescendo no país nas últimas três décadas, alcançando uma área de 1,47 milhões de hectares em 2017, o triplo do ano 2000. Desde 1985, o crescimento da área irrigada por meio desse mecanismo aumentou 47 vezes. As informações fazem parte da pesquisa “Levantamento da Agricultura Irrigada por Pivôs Centrais no Brasil”, divulgado esta semana pela Agência Nacional de Águas (Ana) e a Embrapa.
Somente em sete anos (entre 2010 e 2017), a área irrigada por pivôs centrais cresceu 625 mil hectares. “Esse é o sistema que mais cresce e que deverá continuar liderando a expansão da área irrigada no médio prazo. Dezenas de culturas são irrigadas por pivôs, com a área mais concentradas em cana-de-açúcar, algodão, café e, principalmente, soja, milho e feijão”, diz o levantamento.
Os responsáveis pelo estudo também destacam o dinamismo do uso dos equipamentos ao longo do ano. “Nota-se que o produtor procura minimizar a irrigação com maiores taxas de ocupação no período chuvoso e de transição para o período seco, quando a ocupação efetiva é da ordem de 70 a 98% da área equipada”, diz.
O lançamento do levantamento foi realizado em Cristalina (GO), uma das cidades em que esse tipo de irrigação é mais adotado. Com mais de 240 rios e nascentes, o município é um dos campões no uso de pivôs centrais.
Segundo a prefeitura local, Cristalina ocupa a liderança na produção nacional de milho doce e tem a maior área irrigada de trigo do país. Junto a Unaí e Paracatu, em Minas Gerais, Cristalina faz parte do grupo das três cidades que mais utilizam a irrigação por pivôs centrais no país. Cerca de 191 mil hectares dos três munícipios são irrigados por 2.558 pivôs.
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Seis Estados concentram quase a totalidade da área equipada por pivôs: Minas Gerais (30,6%), Goiás (18,4%), Bahia (14,7%), São Paulo (12,9%), Mato Grosso (7,7%) e Rio Grande do Sul (7,5%). Entre 2010 e 2017, o crescimento foi mais significativo no Mato Grosso, seguido pelo Rio Grande do Sul.
Entre os polos nacionais de irrigação por pivôs, destacam-se o Oeste Baiano, São Marcos (em Goiás), Paracatu e Araguari (em Minas Gerais), a região do Alto Paranapanema (em São Paulo), Uruguai (no Rio Grande do Sul), Rio das Almas e o Alto Araguaia (em Goiás).
Fonte: Globo Rural