Faz quase 10 anos que a família Brito resolveu tomar uma decisão que modificaria a trajetória da Fazenda Laudejá, em Bonito: investir no sistema de integração. A escolha dos produtores surtiu efeito positivo e, hoje, a família é exemplo a ser seguido em relação ao tema que será abordado no Confinar 2017 – um dos principais eventos da agropecuária nacional que será realizado nos dias 23 e 24 de maio, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, em Campo Grande.
Retorno a galope – A decisão de investimento foi o ponto fundamental para o desempenho da Laudejá observar um gráfico ascendente. “Nosso faturamento subiu 700%, isso graças ao incremento da agricultura e curiosamente a pecuária acompanhou. “Perdemos” 25% da área para soja e milho, mas aumentamos o rebanho. Todo o retorno foi 100% reinvestido, ou seja, ainda não chegamos nem na crista da Curva. O retorno é observado de ano a ano e o conselho da família decide o que será feito no ano seguinte”, é o que afirma um dos proprietários, Leôncio Brito Neto.
A ideia inicial de aderir ao sistema estava associada a otimizar o desempenho pecuário. “Começamos bem pequenos para aprender, com apenas 23 hectares e, desde então, viemos numa crescente. Estamos colhendo a safra 2016/2017 com 1.450 hectares e estamos indo para 2.000 hectares em 2017/2018”, salientou Brito ao valorizar os temas que serão tratados pelo Confinar.
Segundo o produtor o custo inicial maior não foi o financeiro e sim o aprendizado. “A profissionalização na gestão foi o maior investimento”. Para o empreendedor, os volumes financeiros foram aumentando, os investimentos em infraestrutura também e, nisso, a capacitação para o correto gerenciamento desses recursos.
Gestão, aliás, é considerada para Brito o maior desafio. “O nosso investimento é em recursos humanos. Temos uma equipe qualificada, tanto na agricultura como na pecuária, e precisamos mantê-la atualizada e também a nós mesmos. Ainda temos um longo caminho para alcançarmos a estabilidade e os obstáculos são grandes”.
E no meio deste cenário de modificações, o processo de sucessão familiar ocorreu simultaneamente. “Estamos aprendendo a ser sócios nesse momento. Ainda existe uma mistura entre a família e os sócios, que gera desgastes por sermos irmãos e filhos, o que é normal. O processo é longo e paciente. No nosso caso, sinto que nosso negócio tem fortalecido e amadurecido nossa família”, acrescentou, o produtor ao confirmar sua presença no Confinar 2017.
Sobre o evento – O Confinar está em sua 6ª edição e se consolida como um dos principais do agronegócio brasileiro. Em 2016 registrou cerca de 1,5 mil pessoas, de vários Estados e até de outros países. Ao todo, foram realizadas mais de 1.250 inscrições. O evento tem apoio da Fundação MS, é organizado pela Company Eventos.
Para mais informações, acesse: http://confinar.net/ e faça sua inscrição.