Inmet vira secretaria do Mapa e deve ajudar no Seguro Rural

Com novo status, orçamento do Inmet sobe para R$ 30 milhões; para Carlos Fávaro, modernização do órgão vai ajudar no Seguro Rural, que deve mudar em 2025.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) já é tratado pelo ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro, como uma nova secretaria da pasta. O anúncio foi feito nesta quinta-feira, 28, em uma cerimônia para explicar outros detalhes da reestruturação do Instituto que ganha esse status. A reportagem apurou que o atual diretor do Inmet, Naur Teodoro Pontes, deve ser o secretário. Além disso, a estrutura deve ser muito parecida com a que existe atualmente.

Apesar do anúncio, a oficialização pode demorar mais um pouco e sair no início de 2025, já que depende de um decreto presidencial para ser efetivada. Ainda existem outras mudanças tanto no Mapa como em outros ministérios que podem sair junto a esse decreto, o que tornaria o processo também mais lento, já que cada pasta tem seu próprio ritmo. 

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“Esta instituição [Inmet] se torna a partir de agora uma secretaria”, ressaltou o ministro Carlos Fávaro durante o discurso. Otimista, ele ainda completou: “Eu não tenho dúvida que será a melhor instituição metereológica da América Latina”. 

Principais mudanças no Inmet

Segundo o diretor do Inmet, o nome do órgão não deve ser alterado. Entre as principais mudanças, estão:

  • Os seis distritos e quatro polos tidos como unidades do Inmet nos estados agora serão transformados em unidades estaduais em que cada superintendência da Agricultura contará com um departamento dentro das dependências; 
  • Ampliação do orçamento: de R$ 20,5 milhões para R$ 30 milhões;
  • Troca de estações meteorológicas analógicas e melhoramento das atuais. Além disso, há previsão de novas aquisições e a expectativa, segundo Fávaro, é chegar a aproximadamente mil estações.

Inicialmente, o ministério estimava que o custo dessas novidades seria de R$ 200 milhões, mas de acordo com o que foi divulgado nesta quinta, a alocação deve ficar na casa dos R$ 150 milhões. O ministro explicou que as variações de valores acontecem porque trata-se de uma estimativa, e lembrou que essa é uma primeira fase. 

“Vai precisar de mais [recursos]. Por exemplo, o Brasil tem uma baixíssima rede de radares meteorológicos e nesta fase ainda não há radares meteorológicos [previstos]”, pontuou Fávaro aos jornalistas. 

Com relação à incorporação nas superintendências, a troca tornou os custos menores, já que os espaços físicos das dez unidades do Inmet serão devolvidos à União e haverá um remanejamento dos funcionários para as superintendências dos 26 estados mais o Distrito Federal. 

“Tem uma superintendência que já cuida da área meio: cuidar das instalações, de contratos terceirizados, locação de veículos, de combustível, de cafezinho, de segurança. E tinha isso nas unidades do Inmet também. Muitas vezes, discrepâncias onde a área meio era maior do que a área finalística. Um exemplo era o estado do Pará. Tinha 38 servidores na área meio e seis, se eu não me engano, na área finalística”, afirmou o ministro. 

Mapa prepara “nova roupagem” para Seguro Rural

Segundo Fávaro, na prática, uma modernização do Inmet vai ajudar no Seguro Rural. Com base nisso, o ministro também disse que uma proposta de “nova roupagem” do Seguro Rural está sendo estruturada pelo ministério. A ideia é que esse novo Seguro Rural já esteja válido para o próximo Plano Safra, ou seja, na metade do ano que vem. 

“Vai ser apresentada uma proposta. Ampliação da base de contratação de Seguro Rural e previsão meteorológica, para que a gente possa junto, ao vender o seguro, as empresas de seguro tenham uma previsão meteorológica mais segura, mais eficiente para indicar ao produtor rural como ele deve se comportar na data de plantio, ciclo das culturas, para desviar dos intempéries climáticos”, explicou Fávaro.

Fonte: Agro Estadão

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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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