“Não vai ter ciclone. O que existe são dois sistemas de baixa pressão em atividade. Eles geraram uma frente fria, provocando as chuvas”; confira
Ao contrário de relatórios anteriores que sugeriam a formação de um novo ciclone extratropical próximo à costa brasileira, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) negou a existência de tal fenômeno climático. Vários meios de comunicação já haviam anunciado a chegada iminente do ciclone, mas o Inmet, juntamente com outra fonte especializada, descartou o evento. A meteorologista Dayse Moraes, em conversa com o Globo Rural, esclareceu que as chuvas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo se devem à influência de uma frente fria e de centros de baixa pressão no Sudeste e Sul do país.
“Não vai ter ciclone. O que existe são dois sistemas de baixa pressão em atividade. Eles geraram uma frente fria, provocando as chuvas. O primeiro surgiu entre o Paraguai e a Argentina. O segundo, no Oceano Atlântico, na costa do Rio de Janeiro e São Paulo“, explicou o especialista do Inmet.
Diferença entre ciclone extratropical e frente fria
A meteorologista Desirée Brandt, do NOTTUS, explicou que um ciclone extratropical se forma a partir do contraste térmico entre a massa polar fria e a massa tropical quente, constituindo um sistema de baixa pressão e de maior intensidade, o que não é o caso atualmente.
“À medida que esse contraste se intensifica, forma-se uma área de baixa pressão. Os ventos passam a circular em torno dessa área de baixa pressão no sentido horário, no caso do Hemisfério Sul. Por outro lado, a formação da frente fria ocorre quando dois massas de ar com temperaturas diferentes se unem. Esse contraste gera um deslocamento das correntes de ar, responsáveis pela precipitação”, esclareceu Brandt.
“À medida que o ar quente sobe, ele esfria e a umidade que contém se condensa, formando nuvens de chuva. É comum que ocorram mudanças abruptas de temperatura, pressão atmosférica e umidade”, acrescentou.
Escrito por Compre Rural.
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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