Iniciativa de 10 anos da China visa um fornecimento de alimentos mais seguro até 2035

Esta iniciativa surge em meio a tensões crescentes com os Estados Unidos, uma desaceleração econômica e desafios impostos pelas mudanças climáticas.

A China anunciou um plano de 10 anos para construir uma potência agrícola, visando uma produção estável de grãos e um fornecimento de alimentos mais seguro até 2035.

O plano, relatado pela mídia estatal Xinhua, descreve diversas estratégias importantes para melhorar a segurança alimentar, modernizar a agricultura, impulsionar a inovação tecnológica e promover a revitalização rural.

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De acordo com o plano, até 2027, a China pretende atingir uma capacidade de produção de grãos de cerca de 700 milhões de toneladas métricas, fortalecer a autossuficiência em culturas importantes, fazer avanços em tecnologias agrícolas, como sementes e máquinas, e aumentar a competitividade global.

Esta iniciativa surge em meio a tensões crescentes com os Estados Unidos, uma desaceleração econômica e desafios impostos pelas mudanças climáticas.

Fortemente dependente das importações de alimentos do Brasil e dos EUA, a China está trabalhando para diversificar as fontes de importação e aumentar a produção nacional.

Em 2024, a China estabeleceu um recorde de produção de grãos, ultrapassando 700 milhões de toneladas métricas, refletindo o sucesso desses esforços.

O plano inclui melhorar a produção de produtos agrícolas essenciais e acelerar a construção de cinturões industriais nacionais de segurança alimentar.

O objetivo é estabilizar a produção de arroz e trigo, desenvolver vegetais de raiz e grãos mistos adequados às condições locais e explorar o potencial de produção de sementes oleaginosas, como colza e amendoim, ao mesmo tempo em que expande as fontes de óleo, como chá verde e gorduras animais.

Ela também se concentra em projetos de biotecnologia, como o cultivo de soja com alto teor de óleo e alto rendimento, culturas tolerantes a sal e álcalis e outras variedades.

Para acelerar a inovação agrícola, a China fortalecerá as capacidades nacionais de ciência e tecnologia agrícola, apoiará a pesquisa fundamental e fomentará empresas líderes em tecnologia agrícola.

Para aumentar ainda mais a segurança alimentar, a China se concentrará no desenvolvimento de alta qualidade de sua indústria suína, melhorará a competitividade do setor de laticínios e implementará medidas para aumentar a qualidade da carne bovina e ovina.

O mercado de carne da China está atualmente lutando contra excesso de oferta e demanda fraca em meio a uma economia em desaceleração. O governo tem intensificado esforços para estabilizar o setor e melhorar as condições de mercado.

Fonte: Reuters

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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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