O ex-ministro da Agricultura, Antonio Cabrera, deu início ao painel com uma análise sobre geopolítica e sustentabilidade, enfatizando o crescente protagonismo do Brasil no mercado global.
O Painel do Agro, realizado durante o Agroleite 2024 em Castro (PR), reuniu mais de 200 participantes no Pavilhão One na manhã desta quinta-feira (08) para discutir temas cruciais para o futuro do agronegócio brasileiro. Com transmissão ao vivo pelo Canal Rural, o evento, que já está em sua quarta edição, foi promovido pelo Grupo Calpar em parceria com o Agroleite e o Canal Rural, sob a mediação de Giovani Ferreira. O tema central foi “O que esperar do Brasil agro em 2024/2025”, e contou com a participação de oito debatedores de renome no setor.
O ex-ministro da Agricultura, Antonio Cabrera, deu início ao painel com uma análise sobre geopolítica e sustentabilidade, enfatizando o crescente protagonismo do Brasil no mercado global. “Estamos testemunhando uma transferência significativa da influência geopolítica das zonas temperadas, como os Estados Unidos e a Europa, para as faixas tropicais, onde o Brasil se destaca pela competência e força do agronegócio. O agricultor brasileiro precisa estar preparado para esse novo cenário, ser cada vez mais competitivo, e vamos incomodar”, afirmou Cabrera.
O segundo painel, focado na infraestrutura, contou com a presença do presidente da Frente Parlamentar do Agro, Pedro Lupion, que destacou a importância de investimentos nesse setor para que o Brasil se consolide como um dos maiores produtores de alimentos do mundo. Lupion alertou para o déficit de armazenagem no país e a necessidade de reformas estruturais. “Precisamos investir em infraestrutura. Hoje, a armazenagem de grãos no Brasil ocorre, em grande parte, nos caminhões a caminho do porto, o que é insustentável para um país que quer ser um dos maiores players mundiais em grãos”, afirmou.
Paulo Bertolini, diretor comercial do Grupo Calpar e presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), reforçou a necessidade de incentivar o produtor rural a armazenar suas safras nas propriedades, apontando que o déficit de armazenagem no Brasil chegou a 120 milhões de toneladas em 2024. José Velloso, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), também destacou a falta de investimentos em infraestrutura como um dos principais gargalos para o desenvolvimento da agropecuária no país.
O terceiro painel abordou os desafios relacionados ao clima, mercado e estatísticas que impactam a produção, o consumo e a exportação de produtos agropecuários. Entre os debatedores estavam Fernando Iglesias, analista da Safras & Mercado; Arthur Müller, meteorologista do Canal Rural; e Miguel Daoud, colunista do Canal Rural.
O evento contou com o apoio da Abramilho e do Sistema Ocepar, reafirmando a importância da colaboração entre diferentes entidades do setor para enfrentar os desafios e oportunidades do agronegócio brasileiro.
Informações: Assessoria Calpar/ Emanoelle Wisnievski
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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