Indústria mineira testa leite em pó de búfala no mercado brasileiro

O leite de búfala é o segundo mais consumido mundialmente e, nas suas propriedades, difere do bovino, pois contém maiores teores de proteína, gordura, minerais como cálcio e fósforo, bem como maior teor de lactose.

De acordo com dados da FAO, o leite de búfala corresponde a 15% da produção de lácteos global, 81% são leite de vaca e 4% de cabra, ovelha e camelo. O leite em pó de búfala é mais comum na Índia. O leite de búfala é o segundo mais consumido mundialmente e, nas suas propriedades, difere do bovino, pois contém maiores teores de proteína, gordura, minerais como cálcio e fósforo, bem como maior teor de lactose.

A produção inicial será equivalente a 100 mil litros de leite ao ano. A matéria-prima será captada pela Bom Destino e passará por processo de liofilização (tecnologia de secagem) em um fabricante parceiro. A expectativa da companhia é atrair principalmente o público que já consome o leite de vaca tipo A2, que é mais facilmente digerido pelo corpo humano e é procurado por pessoas com intolerância à proteína beta-caseína A1. No caso do leite de búfala, todas as fêmeas produzem o leite A2A2, que só tem a proteína beta-caseína A2.

A Bom Destino é considerada a maior empresa do segmento de produtos lácteos de búfala, com uma captação média de 72,5 mil litros por dia, de acordo com a Associação Brasileira de Criadores de Búfalos (ABCB).

Atualmente, a Bom Destino tem rebanho de 5 mil animais, sendo 1,7 mil búfalas em lactação, além de ter 700 fêmeas em lactação com parceiros. A produção própria de leite da empresa alcança 12,5 mil litros por dia. Outros 60 mil litros são captados diariamente com cerca de 120 produtores parceiros.

Segundo a companhia, a produção de laticínios gira em torno de 300 toneladas por mês. São 48 tipos de produtos a partir de leite de búfala, entre queijos, burratas, requeijão, creme de leite, coalhada, iogurtes, manteiga, doce de leite e produtos zero lactose.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Criadores de Búfalos (ABCB), a produção do setor em 2023 foi de 15 milhões de litros de leite e o volume deve atingir 17,5 milhões este ano, considerando os 12 laticínios associados. “Praticamente todo o leite de búfala produzido no Brasil é destinado à produção de derivados, como queijos, requeijão, creme de leite”, afirma Caio Rossato, presidente da ABCB, e dono do Laticínio Família Rossato, sediado em Pilar do Sul (SP).

Segundo ele, a búfala produz em média 8 litros de leite por dia, volume bem inferior ao das vacas, mas com maiores percentuais de sólidos. Um quilo de queijo de búfala é feito com cinco litros de leite.

O Brasil como um todo produz em torno de 100 milhões de litros de leite de búfala, estima a ABCB. São cerca de 200 laticínios e 17 mil criadores de búfalos no território nacional. O rebanho é de pouco mais de 2 milhões de animais, o equivalente a 1% do rebanho bovino no Brasil.

As informações são do Globo Rural, adaptadas pela equipe MilkPoint.

Fonte: MilkPoint

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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