Com negociações paradas, mercado avalia desempenho do final de semana e de início de mês para voltar aos negócios do boi gordo. Confira abaixo!
O último dia do mês foi de calmaria e estudo no mercado do boi gordo brasileiro. A oferta escassa não deixa o preço do boi gordo cair fortemente, no entanto, as indústrias continuam a pressionar as cotações do animal em várias partes do Brasil. Agora, o mercado avalia o comportamento da demanda interna, com a chegada dos salários e do 13º. O consumo de fim de ano pode dar força para os preços da carne bovina.
Na B3, o contrato para novembro/20 encerrou suas negociações em R$ 281,75/@, subindo mais de 38% desde o seu primeiro negócio (em 02/06/2020). O contrato mais líquido, com vencimento para dezembro/20, fechou o dia cotado à R$ 273,45/@, desvalorizando 0,07% no comparativo diário.
Milho
Mais um dia de fraqueza para as cotações do milho no mercado físico paulista. Desta vez, a referência para os negócios caiu para os R$ 78,50/sc no Estado, com a demanda, tanto interna quanto externa, mais tímida.
O Imea divulgou sua terceira estimativa para a 2ª safra de milho no estado mato-grossense, sem nenhuma modificação, com uma produção esperada de 36,29 milhões de toneladas. Na B3, o contrato para janeiro/21 recuou 0,83%, ficando cotado à R$ 78,04/sc.
Em Chicago a segunda-feira foi mais depressiva mesmo com o anuncio do USDA sobre novas vendas externas. O contrato para março/21 recuou 1,73%, fechando o dia cotado a US$ 4,26/bu. A pressão para a desvalorização do milho nos EUA veio do reporte de chuvas na América do Sul, seguido de uma perspectiva de melhora no quadro climático, principalmente no sul do Brasil.
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Soja
Com a forte queda nos EUA, o preço da soja no mercado físico brasileiro voltou a recuar, sendo negociada próximo dos R$ 161,00/sc nos portos brasileiros.
Com a pouca quantidade disponível, os negócios são pontuais. Além disso, o foco está na próxima safra, o Imea divulgou a estimativa de produção da 1ª safra de soja no Estado, com um recuo de 1,06% na produção total, justificado principalmente pelo padrão climático adverso, com falta de chuvas.
Nos EUA, o mercado já está de olho no futuro, e com o retorno das chuvas em toda a América do Sul, o contrato para janeiro/21 registrou um recuo de 1,95%, sendo negociado a US$ 11,69/bu, o menor valor desde o dia 16/11/2020. Além das chuvas, há uma forte resistência técnica a ser rompida nos US$ 12,00/bu, e o mercado sofre para rompê-la.
Fonte: Agrifatto