Todos os segmentos avaliados nesse trimestre (agricultores, pecuaristas e indústrias situadas antes e depois da porteira) registraram mais de 100 pontos.
O Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro), publicado trimestralmente, é desenvolvido e divulgado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Por meio de entrevistas com produtores agropecuários, a organização mensura a percepção econômica, em relação aos Estados e ao País, sobre as condições de indústrias, cooperativas e outros atores da cadeia do agro.
Para o terceiro trimestre de 2022, o IC Agro alcançou 116,3 pontos, sendo 6,1 a mais em relação ao trimestre anterior. Para o órgão, o aumento da pontuação reflete a melhoria na avaliação da economia e do comportamento positivo de vários indicadores.
No geral, todos os segmentos avaliados nesse trimestre (agricultores, pecuaristas e indústrias situadas antes e depois da porteira) registraram mais de 100 pontos. O único recuo foi no nível de confiança das Indústrias de Depois da Porteira, empresas de alimentos. Nestas, houve queda em relação ao trimestre anterior, fruto da desaceleração do consumo devido à alta dos juros.
Dados de Antes e Depois da Porteira
Os dados do IC Agro para o nível de confiança nas empresas da cadeia produtiva do agronegócio também cresceram, registrando 4,2 pontos em relação ao último trimestre. Um dos segmentos que mais puxaram a pontuação para cima foi o das indústrias de insumos agropecuários, chamadas de Antes da Porteira.
Depois de um começo de ano conturbado, com aumento de preços e medo de que as empresas não conseguissem garantir a entrega de produtos em razão da crise logística criada pelo conflito no Leste Europeu, o nível de otimismo em relação às empresas antes da porteira está perto da normalidade.
A pontuação do setor subiu 18,2 pontos em relação ao último trimestre, alcançando 128 pontos. Apesar do patamar de preços desses produtos ainda estar elevado, a confiabilidade na disponibilidade deles aumentou. Por outro lado, o Índice de Confiança das Indústrias Depois da Porteira caiu 1,8 ponto em relação ao último trimestre, fechando a pontuação em 112,7.
Para a Fiesp, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram recuo na produção das indústrias de alimentos e leve desaceleração da economia em várias partes do mundo.
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PIB brasileiro e PIB do agro
Dados divulgados em 1º de dezembro pelo IBGE indicam avanço de 0,4% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Já o PIB do agronegócio sofreu retração de 0,9% no mesmo período quando comparado ao trimestre anterior.
A queda depois de três trimestres consecutivos com taxas positivas pode ser explicada pela retração de safras importantes do período que tiveram queda de produção, como a cana-de-açúcar e a mandioca. Além disso, problemas climáticos afetaram a principal cultura brasileira, a soja.
Estimativas apontam aumento de 0,3% a 0,7% no PIB brasileiro no ano. Apesar disso, o quarto trimestre deve ter desaceleração no crescimento. Isso porque a alta de juros deve fazer efeito, e os estímulos fiscais aplicados durante o ano devem começar a perder a força de movimentar a economia.
Considerando os resultados parciais do ano, a expectativa é que em 2022 o agronegócio represente 25,5% do PIB brasileiro, com ligeira queda em relação aos 27,5% alcançados em 2021.
Fonte: IC Agro – FIESP, Fiesp, Agência Brasil, Paraná Cooperativo, IC Agro – FIESP, Fiesp, Agência Brasil, Paraná Cooperativo
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