A estimativa de rendimento inicial era de 2.614 quilos por hectare, e agora a projeção é de 2.146 quilos por hectare.
A colheita de trigo atingia 72% da área, que abrange 172 mil hectares, na região de Bagé, no Rio Grande do Sul, até a semana passada. De acordo com o engenheiro agrônomo da Emater, Guilherme Zorzi, em entrevista exclusiva à Agência SAFRAS, as lavouras restantes estão maduras. A expectativa é de que os trabalhos sejam concluídos até o final do mês, caso o clima seja favorável.
“Nos últimos sete dias, um volume expressivo de chuvas, especialmente no sábado e no domingo, impactou consideravelmente a safra. Regiões como Campanha, Maçambará, Manoel Viana e São Borja receberam mais de 200 milímetros no acumulado da semana”, disse.
Segundo Zorzi, esse volume, praticamente o dobro da média mensal, comprometeu a qualidade dos grãos e causou problemas como tombamento das plantas. O engenheiro explicou que a incidência de precipitações constantes, principalmente em setembro e outubro, favoreceu o desenvolvimento de fungos, impactando a produtividade. A estimativa de rendimento inicial era de 2.614 quilos por hectare, e agora a projeção é de 2.146 quilos por hectare.
“Muitos produtores enfrentam dificuldades para obter uma classificação satisfatória, resultando em perda de valor comercial, visto que muitos dos grãos colhidos estão sendo destinados à produção de ração a preços significativamente mais baixos”, relatou.
Zorzi afirma que o cenário é desafiador, com quebras de produtividade de quase 18% em nível regional. Municípios importantes como São Borja e Manoel Viana enfrentam quebras em torno de 40%, enquanto Maçambará e Caçapava do Sul registram 20% e 30%, respectivamente. Além disso, os produtores estão lidando com a complexidade da produção de ração, uma vez que os grãos contaminados por fungos podem causar problemas aos animais.
Fonte: Agência Safras
ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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