El Niño intensifica incêndios que devastam 30,8 milhões de hectares, principalmente na Amazônia e Cerrado; dados são do MapBiomas
O Brasil enfrentou um aumento alarmante de 79% nas áreas atingidas pelo fogo entre janeiro e dezembro de 2024, em comparação com o ano anterior. De acordo com o Monitor do Fogo do MapBiomas, 30,8 milhões de hectares foram consumidos, o equivalente a uma área maior que o território da Itália. Esse é o maior registro desde 2019.
Impactos Climáticos e Humanos
O aumento das queimadas foi impulsionado pelo El Niño, fenômeno climático que causa secas prolongadas, além da ação humana, como desmatamentos e queimadas ilegais. Segundo Ane Alencar, coordenadora do MapBiomas Fogo, os dados refletem uma crise ambiental grave que exige ações coordenadas e engajamento para conter os danos ambientais.
Biomas mais Atingidos
Amazônia: Foram 17,9 milhões de hectares queimados, o que representa 58% do total nacional. Cerca de 6,8 milhões de hectares eram de floresta, superando as áreas de pastagem atingidas. Felipe Martenexen, pesquisador do MapBiomas, reforça que o fogo na Amazônia é um elemento introduzido por ações humanas e não faz parte de sua dinâmica ecológica.
Cerrado: Registrou 9,7 milhões de hectares queimados, sendo 85% de vegetação nativa, principalmente formações savânicas. O aumento de 91% em relação a 2023 é o maior desde 2019. Vera Arruda, também pesquisadora do MapBiomas, alerta que, embora o Cerrado seja adaptado ao fogo natural, o aumento atual é intensificado por atividades humanas e mudanças climáticas.
Estados e outros Biomas
Os estados mais impactados foram:
- Pará: 7,3 milhões de hectares;
- Mato Grosso: 6,8 milhões de hectares;
- Tocantins: 2,7 milhões de hectares.
Pantanal: 1,9 milhão de hectares queimados.
Mata Atlântica: 1 milhão de hectares.
Caatinga: 330 mil hectares.
Pampa: Apenas 3,4 mil hectares, a menor área desde 2019, atribuída ao excesso de chuvas causado pelo El Niño.
Urgência de Ações
O MapBiomas destaca a necessidade urgente de políticas públicas e ações globais coordenadas para mitigar os impactos das queimadas, especialmente nos biomas mais sensíveis, como a Amazônia e o Cerrado, que sofrem com o avanço de atividades humanas e as mudanças climáticas.
Fonte: Agência Brasil
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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