Incêndios em SP devastam 70% das lavouras do IAC em Ribeirão Preto

Os incêndios no estado de São Paulo, que começaram no fim de semana, devastaram cerca de 40 mil hectares, de acordo com estimativas da Defesa Civil.

Os recentes incêndios que devastaram o interior de São Paulo, especialmente na região de Ribeirão Preto, causaram danos significativos a importantes centros de pesquisa agrícola. No Instituto Agronômico (IAC) de Ribeirão Preto, 70% da área dedicada a estudos sobre cana-de-açúcar, totalizando 110 hectares, foi destruída pelo fogo. Esta área era fundamental para pesquisas que visavam aprimorar o cultivo da cana, incluindo melhoramento genético, manejo de solo, controle de pragas e doenças.

O diretor do IAC, Marcos Landell, expressou preocupação com os danos irreversíveis que a plantação sofreu. “Esses incêndios criam fissuras que permitem a entrada de microrganismos, o que compromete a qualidade da cana para a produção de etanol e açúcar. Infelizmente, algumas perdas são irreparáveis no curto prazo, só podendo ser recuperadas no próximo ciclo produtivo”, lamentou Landell.

Outro importante centro de pesquisa afetado foi o Instituto de Zootecnia em Sertãozinho, também vinculado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA). Embora o impacto total ainda esteja sendo avaliado, os prejuízos incluem a destruição de campos experimentais e de instalações utilizadas pelos pesquisadores.

O coordenador da APTA, Carlos Nabil, destacou o impacto dos incêndios nas pesquisas em andamento. “Qualquer evento climático adverso, como esses incêndios, atrasa a coleta de dados e o progresso das pesquisas. Além disso, um dos alojamentos dos pesquisadores foi destruído, o que inviabiliza seu uso até que as reparações sejam concluídas”, afirmou Nabil.

Incêndios em SP devastam 70% das lavouras do IAC em Ribeirão Preto

Os incêndios no estado de São Paulo, que começaram no fim de semana, devastaram cerca de 40 mil hectares, de acordo com estimativas da Defesa Civil. As chamas destruíram vegetações, plantações, fecharam rodovias, forçaram a evacuação de residências e causaram pelo menos duas mortes. A situação também gerou problemas de saúde pública devido ao acúmulo de fuligem e poeira.

Segundo o Banco de Dados de Queimadas (BDQueimadas) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mais de 3,1 mil focos de incêndio foram registrados em agosto, o maior número para o mês desde 1998. Desse total, 2,6 mil focos ocorreram em apenas três dias, afetando principalmente as regiões de Ribeirão Preto e São José do Rio Preto.

Incêndios em SP devastam 70% das lavouras do IAC em Ribeirão Preto

Em resposta, o governo estadual criou um comitê de crise em Ribeirão Preto, com o apoio de aeronaves das Forças Armadas para o monitoramento e combate aos focos de incêndio. As chamas começaram a ser controladas na segunda-feira (26), com a chegada de chuvas e uma frente fria, mas as autoridades permanecem em alerta devido à previsão de clima seco nos próximos dias.

Escrito por Compre Rural com informações do G1.

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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