Importância da integração lavoura-pecuária para o Tocantins

A importância da integração lavoura-pecuária (ILP) para o Tocantins, devido a suas condições sobretudo de solo e clima, foi abordada pela Embrapa em evento que oficialmente abriu o plantio da safra 2017/2018 no estado

O pesquisador Rodrigo Almeida, do núcleo de sistemas agrícolas da Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas-TO), explica que os ganhos independem do tipo de atividade que o produtor desenvolve: “o uso do sistema de integração lavoura-pecuária numa propriedade é extremamente benéfico pra uma propriedade que tenha a característica só de agricultura ou pra uma propriedade que tenha a característica só de pecuária”.

A ILP é considerada uma estratégia que os produtores rurais podem adotar em suas áreas para aproveitarem melhor os recursos disponíveis.

Através dessa integração, diferentes tecnologias são utilizadas de maneira complementar e proporcionam melhores rendimentos e ganhos de diferentes naturezas, incluindo agronômicos, ambientais e econômicos.

O pesquisador enumera alguns dos benefícios do sistema. “Pra um caso de um pecuarista que só tinha um pasto degradado, ao plantar lavoura num sistema de integração, ele recupera a fertilidade do seu solo, recupera a produtividade dos seus pastos e vai obter um aumento na taxa de lotação, ou seja, mais animais nas suas áreas. No caso de um agricultor que adota a pastagem nas suas áreas, ele vai ter o benefício de uma opção de rotação de cultura (porque vai entrar agora um capim quebrando aquela logística de pragas e doenças que se acostumaram com a lavoura), ele vai ter a grande vantagem de ter uma planta que vai produzir bastante massa, bastante palha pra cobrir o solo e fazer um plantio direto de qualidade que certamente vai aumentar a produtividade desse produtor”, explica.

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A expansão do uso da integração nas propriedades rurais tocantinenses tem tudo para colaborar para crescimentos na área, na produção e na produtividade das lavouras de grãos. Na última safra, o estado produziu mais de 4,54 milhões de toneladas de grãos, com destaque para a soja (com mais de 2,82 milhões de toneladas), o milho (que teve produção de mais de 900 mil toneladas) e o arroz (com mais de 670 mil toneladas). Os números foram divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Otimismo do governo – O secretário do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária, Clemente Barros, está otimista. Segundo ele, “as expectativas da próxima safra, apesar de termos um atraso nas chuvas, ainda são de crescimento, tanto na área, como na produção. Vamos crescer, como sempre nos anos anteriores, em percentuais acima do percentual nacional”.

O sentimento é compartilhado por Claudia Lelis, governadora em exercício. “Eu tenho certeza de que nós iremos, sim, mais uma vez colher uma safra forte, uma safra ainda maior porque nós temos nossas terras férteis, um clima favorável, uma logística para escoar nossa produção, que a cada dia avança mais nesse setor. Mas principalmente nós temos a garra, a determinação, a experiência e especialmente a consciência desses homens e mulheres do campo que dedicam a sua vida à agricultura, a sua vida a movimentar o nosso agronegócio e a aquecer cada vez mais a nossa economia”.

No evento de abertura oficial da nova safra no Tocantins, ocorrido no último dia 13, a governadora em exercício realizou um plantio simbólico na Fazenda Conquista, em Alvorada, região Sul do estado. A propriedade é de José Alexandre Salmazo. Também participaram do evento, pela Embrapa Pesca e Aquicultura, o chefe geral interino Alexandre Freitas e o chefe adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento Eric Routledge. Diversas autoridades estiveram presentes, além de Claudia Lelis e Clemente Barros.

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