“A gente pode intensificar as pastagens degradadas com assistência técnica. Temos que elaborar uma campanha de comunicação.”
O presidente do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), Caio Penido participou da discussão sobre Carbono Neutro no Hub Amazônia Legal da 27ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 27). Para ele, melhorar o balanço de carbono na pecuária é uma oportunidade de ganhos para Mato Grosso. O presidente afirmou que com assistência técnica e comunicação é possível alcançar a evolução.
O encontro foi na quarta-feira (16.11) e contou com a presença de representantes de estados da Amazônia Legal, governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, secretários de estados e técnicos. Caio Penido, que também é pecuarista, disse que o programa Carbono Neutro, proposto pelo Estado, está de encontro com os anseios dos pecuaristas e dos trabalhos desenvolvidos pelo Instituto.
“Atualmente metade das pastagens de Mato Grosso tem estágios de degradação e são subutilizadas. A gente pode intensificar as pastagens degradadas com assistência técnica. Temos que elaborar uma campanha de comunicação para mostrar para esse produtor que com melhor gestão, manejo adequado ao solo, investimento, apoio da assistência técnica e com genética, se consegue. Hoje o solo está exposto a uma área degradada que não tem nada, tem uns arbustos, poucas pastagens, mas quando se reforma este pasto e se investe, ela vira capim, fica perene o ano todo e a raiz desse capim é o carbono fixado no solo”, disse.
Penido defende ainda que é primordial que o produtor tenha assistência técnica. E com trabalho adequadamente executado os pecuaristas e Mato Grosso só terão ganhos. “É uma agenda fácil de implementar. Todos estão alinhados e tem tudo para dar certo. Os prazos são factíveis e a gente ainda consegue reverter a imagem de Mato Grosso. Foi esse o recado do governador Mauro Mendes, da gente deixar de ser pilotado por uma narrativa que só fala coisas ruins e mostrarmos a nossa realidade”, disse.
Outra agenda importante é a regulamentação ambiental na cadeia da pecuária. “Porque a pecuária ocupa mais espaço nas áreas consolidadas do estado. Se começarmos a fomentar, aperfeiçoar as regularizações ambientais, garantimos a conservação, a biodiversidade e manutenção do estoque de carbono florestal”, finalizou.
Fonte: Imac
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