Contando ainda com o apoio da Embrapa Suínos e Aves, o IBGE afirma que conseguiu identificar os erros e também corrigi-los.
Em comunicado divulgado na última segunda-feira (9), o IBGE informou que sua Coordenação de Estatísticas Agropecuárias identificou erros nos registros de peso de carcaça de frangos na Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, ocorrência que afeta toda a série histórica da pesquisa, iniciada em 1997.
Conforme o órgão, após consultas aos informantes (via Central de Entrevistas Telefônicas Assistidas por Computador [CETAC], visitas presenciais e discussão técnica com a Embrapa Suínos e Aves), foi confirmado que muitos informantes da pesquisa repassavam o peso vivo dos animais ao invés do peso de carcaça e que a maioria dos informantes não dispõe de registros adequados de peso de carcaça e, sim, do peso vivo.
Em decorrência, o IBGE avaliou a série completa da pesquisa e incluiu novas variáveis de apoio no questionário aplicado desde 2019 (como o peso vivo, além do peso de carcaça, que já era informado), além da separação dos dados por categorias abatidas (galetos, frangos e frangões).
Contando ainda com o apoio da Embrapa Suínos e Aves, o IBGE afirma que conseguiu identificar os erros e corrigi-los. A correção foi realizada com base na série individual dos estabelecimentos, aplicando-se, na maioria dos casos, modelo matemático (para transformação do peso vivo em peso de carcaça) estudado e divulgado em Comunicado Técnico da Embrapa Suínos e Aves de outubro de 2021.
A partir do 4° trimestre de 2022, o sistema do IBGE foi modificado para que a transformação de peso vivo em carcaça ocorresse automaticamente, bem como foram implementadas novas críticas de entrada de dados e relatórios, esclarece o órgão.
A divulgação da série completa revisada no SIDRA (1997 a 2022) está prevista para o dia 10 de fevereiro de 2023, data da divulgação dos Primeiros Resultados das Pesquisas Trimestrais da Pecuária para o 4° trimestre de 2022.
Na tabela abaixo, breve amostra de diferentes pesos (kg) e rendimento (%) de carcaças levantados a partir do peso vivo ao abate e calculados por meio de equação proposta em estudo técnico desenvolvido por três pesquisadores e um analista da Embrapa Suínos e Aves – Arlei Coldebella, Médico Veterinário, doutor em Ciência Animal e Pastagens; Gerson Neudí Scheuermann, Engenheiro Agrônomo, doutor em Ciência Avícola; Luizinho Caron, Médico Veterinário, doutor em Genética e Biologia Molecular; e Anildo Cunha Junior, Químico, mestre em Química – e cujos resultados se encontram no Comunicado Técnico 582 da Embrapa Suínos e Aves.
Fonte: AviSite
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