IA desenvolve bioestimulante para clima adverso, em breve no Brasil

Uma pesquisa, desenvolvida com o uso de ferramentas de inteligência artificial, está sendo conduzida pela ICL em parceria com a Lavie Bio, empresa de bioinsumos e subsidiária da Evogene.

Um novo bioestimulante, projetado para melhorar a resiliência climática, está em desenvolvimento por meio da identificação de microrganismos com o auxílio de inteligência artificial. Este bioestimulante será testado no Brasil e nos Estados Unidos ainda este ano. A pesquisa é conduzida pela empresa israelense ICL, especializada em minerais especiais, em parceria com a Lavie Bio, uma companhia de bioinsumos e subsidiária da Evogene.

A colaboração entre as duas empresas foi anunciada aos investidores nesta quarta-feira (17/7). De acordo com o comunicado, o bioestimulante visa reduzir os impactos de estresses abióticos, que incluem condições adversas de água, temperatura e radiação solar.

Na parceria, a Lavie Bio será responsável pelo aprimoramento dos produtos utilizando inteligência artificial, enquanto a ICL cuidará do desenvolvimento da formulação e liderará a comercialização. O processo regulatório está previsto para iniciar em 2026, três anos após o início do programa.

A combinação da solução com fertilizantes promete ajudar a “superar vários estresses abióticos em diferentes condições climáticas”, incluindo períodos de seca.

Os bioestimulantes em desenvolvimento têm o potencial de aumentar a resiliência das culturas a essas condições adversas, com uma expectativa de incremento médio de 5% a 10% na produtividade.

O projeto ambicioso já está em andamento, e a Lavie Bio identificou 12 novos “candidatos microbianos” com potencial comercial por meio de sua plataforma tecnológica ‘Biology Driven Design (BDD)’, um banco de dados de cepas. No entanto, ainda não há previsão para a comercialização do produto.

“Embora esse processo normalmente leve vários anos, a colaboração obteve sucesso nos primeiros 12 meses”, afirma o comunicado.

As empresas informaram que requisitos como eficácia, estabilidade, prazo de validade e compatibilidade com fertilizantes foram monitorados e testados em estufa.

Os testes bem-sucedidos pavimentam o caminho para experimentos de campo nos Estados Unidos e no Brasil a partir do segundo semestre de 2024, com resultados previstos até o final do ano. A ICL destaca que o Brasil é um mercado estratégico, onde a multinacional possui sete fábricas, quatro delas no interior de São Paulo.

Segundo Amit Noam, CEO da Lavie Bio, a colaboração possibilita avançar “rapidamente para testes de campo em várias regiões-alvo, aprimorando a precisão computacional e diminuindo o tempo e custo de lançamento de nossos novos produtos no mercado”.

Escrito por Compre Rural

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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