De janeiro a setembro de 2023, o volume total de frutas exportado foi de 694 mil toneladas e o valor foi de US$ 794,8 milhões.
A maioria das hortaliças comercializadas nos principais mercados atacadistas do país registraram uma nova queda nos preços. Alface, batata, cenoura e cebola ficaram mais baratas no último mês nas Centrais de Abastecimentos (Ceasas) analisadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), como mostra o 10º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado nesta quinta-feira (19) pela estatal.
A maior queda na média ponderada registrada em setembro ficou para a cebola. A redução foi verificada mesmo com a menor quantidade do produto nos mercados em comparação com os níveis de agosto. A produção pulverizada pelo país ajuda a explicar os preços mais baixos, condição que permite inferir que a oferta se encontra mais próxima aos centros consumidores, com menores custos de logística, posicionando os preços em patamares mais baixos.
Para a batata, a diminuição contínua e unânime das cotações pode ser explicada pela intensificação da safra de inverno a nível nacional. Mais uma vez, o total comercializado nas onze Ceasas ultrapassou a marca das 100 mil toneladas. No caso da alface, continua a tendência declinante dos preços de forma menos intensa do que em meses anteriores. Porém, este movimento de queda não foi unânime. O clima influenciou tanto na oferta quanto na demanda da folhosa. O calor encurtou o ciclo da alface, o que obriga o produtor a colocar seu produto no mercado, ao mesmo tempo que a alta de temperatura aumenta a demanda do produto.
Outro produto que teve queda na média ponderada, mas não em todos mercados pesquisados foi a cenoura. A oferta da raiz no atacado em setembro foi menor quando comparada a agosto. Porém, as chuvas e as temperaturas altas registradas no último mês a nível nacional nas áreas produtoras provocaram perda de qualidade do produto, influenciando na desvalorização da cenoura e, consequentemente, queda na demanda. Deve-se destacar que as precipitações em setembro no Rio Grande do Sul praticamente interromperam a colheita, gerando queda de cerca de 65% dos envios deste estado à Ceasa.
Apenas o tomate não apresentou uma tendência de comportamento uniforme de preços no atacado, variando de acordo com as maiores ou menores entradas do fruto durante o mês. As variações de temperatura, atrasando ou acelerando a maturação e, consequentemente, proporcionando diminuição e aumento de oferta explica os preços oscilantes.
Frutas
Banana e mamão foram as frutas que seguiram o comportamento de queda de preços registrados para a maioria das hortaliças, conforme verificado pela Conab. Em setembro, o mercado atacadista de banana registrou queda das cotações devido a boa oferta da variedade prata oriunda tanto do sul quanto do norte mineiro, que amadureceu aceleradamente por causa da elevação das temperaturas. Houve também o registro de queda na comercialização na maioria dos entrepostos atacadistas, o que pode ser explicado pelo feriado prolongado de 7 de setembro.
No caso do mamão, a maior oferta da variedade papaya, advinda de diversas regiões produtoras, mas com maior volume do sul baiano, permitiu a queda na média ponderada dos preços praticados, mesmo com o crescimento da demanda a partir da segunda quinzena do último mês em decorrência do clima mais quente.
As condições climáticas também influenciaram na demanda da laranja. As temperaturas mais elevadas fizeram com que a procura pela fruta se intensificasse a partir da segunda semana de setembro. Como a oferta esteve controlada, por causa do alto consumo de laranjas para moagem, os preços subiram na maior parte das Ceasas.
O calor também influenciou no consumo da melancia, principal motivo que explica a alta nas cotações do produto. Já para a maçã, houve elevação para as cotações e queda para a comercialização da fruta na maioria das Centrais analisadas, comportamento tradicional nesse período do ano, em que os estoques das companhias classificadoras vão paulatinamente diminuindo.
Exportações
De janeiro a setembro de 2023, o volume total de frutas exportado foi de 694 mil toneladas e o valor foi de US$ 794,8 milhões, aumento de 5,14% e 19,04%, respectivamente, quando comparado ao mesmo período do ano passado. Os embarques de frutas como bananas (-26,7%) e mamões (-10,1%) foram menores, enquanto foram ampliadas as vendas ao mercado externo de mangas (14,3%), limões e limas (5,3%), melancias (11,3%) e abacates (142%).
Destaque
A cada mês, o Boletim Prohort ressalta a atuação de um dos mercados atacadistas analisados. Nesta edição, a seção de Destaques das Ceasas aborda o papel da Conab e das Centrais de Abastecimento no combate à fome, com destaque para as ações realizadas pelo entreposto de Brasília.
Umas das ferramentas adotadas pela Ceasa/DF é o Programa de Inclusão Socioprodutiva Rural – Produzir, que tem entre seus objetivos promover a segurança alimentar e nutricional dos seus beneficiários: agricultores familiares, público da reforma agrária, povos e comunidades tradicionais e empregados rurais, na participação em eventos e atividades culturais, educacionais e de mobilização social.
O Programa estabelece incentivo para a comercialização no mercado institucional, promovido por meio da concessão de desconto de 80% nas taxas cobradas para comercialização no mercado de atacado e varejo da Ceasa/DF aos produtores rurais enquadrados como beneficiários do Produzir. Os produtores rurais que não se enquadram no programa também possuem de desconto da tarifa de concessão no valor de 50%.
Além de toda a estrutura para comercialização e apoio ao produtor rural, a Central em Brasília possui o Banco de Alimentos capaz de receber, dar tratamento adequado e distribuir alimentos doados pelos comerciantes e produtores.
Fonte: Conab
ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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