Agricultores podem ter que se acostumar com os altos preços dos fertilizantes, pois os estoques globais permanecem estáveis apesar do forte rali.
Os preços de nutrientes agrícolas, como fosfato e potássio, estão em alta desde o final do ano passado diante da oferta apertada, forte demanda e incertezas geopolíticas nos maiores países produtores.
Mesmo no Brasil, onde os altos preços dos produtos agrícolas e a desvalorização cambial impulsionaram os lucros para patamares recordes, as maiores despesas com fertilizantes podem corroer as receitas na próxima temporada.
“Os preços dos fertilizantes em dólar por tonelada têm subido quase que na vertical nos últimos meses, esse movimento está ocorrendo mundialmente englobando nitrogenados, fosfatados e potássio”, diz o analista de mercado da Stonex Marcelo Mello, que aponta alta nos preços para o fim do ano .
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Marcelo ainda aponta que as relações de trocas de fertilizantes vem recuando em função do aumento dos preços. “As relações de troca entre fertilizante e todas as commodities agrícolas estão se deteriorando em função desse forte aumento de preços, contudo não há alternativa para suprimento no curto e médio prazo, incluindo o plantio de safra verão agora na nossa primavera e safrinha logo em seguida pois vemos uma tendência de alta de preços se mantendo e sem chance de queda significativas pelo menos até o final do ano”, pondera.
“O Brasil importa 80% do NPK que consome, assim o recuo da taxa de câmbio que vimos nas últimas semanas com rompimento do suporte de R$ 5,35 chegando agora a próximo de R$ 5, neste momento se torna um alento, pois reduz o valor dos fertilizantes pelo menos em reais”, conclui Mello.
Compre Rural informações da Bloomberg e Canal Rural