Pecuarista precisa ficar atento a alguns pontos, conforme já havíamos dito, já que vários fatores podem impactar negativamente nas cotações; Confira!
O cenário no mercado do boi gordo segue com o avanço da semana tendo como principal fator de sustentação dos preços o mercado externo. Dessa forma, os preços comercializados mantém a estabilidade e, claro, com poucos negócios sendo observados nas praças pecuárias. O tom de “guerra” pelo Boi China faz os frigoríficos menores já apostar em férias coletivas.
Estabilidade das cotações deve seguir no curto prazo, mas é preciso acompanhar sinais de mudanças, saiba quais são. Pecuarista precisa ficar atento a alguns pontos, conforme já havíamos dito, já que vários fatores podem impactar negativamente nas cotações; Confira!
Em São Paulo, com o menor ímpeto de compra de gado por parte dos frigoríficos, a referência de preço para o boi gordo, vaca gorda e novilha gorda ficou estável. As programações de abate atendem, em média, seis dias, destacando que indústrias têm trabalhado com certo nível de ociosidade na linha de abate.
Boiadas cujo destino é a exportação os preços seguem firmes e disputados a R$ 350,00/@, conforme divulgado pelo app da Agrobrazil. Os pecuaristas de Andradina, no estado paulista, informaram negociações de R$ 350,00/@ com pagamento a prazo de 3 dias e o abate programado para o dia 14 de fevereiro. Veja a imagem abaixo com os detalhes da negociação.
Sendo assim, em São Paulo, o valor médio para o animal terminado apresentou uma média geral a R$ 348,79/@, na quarta-feira (09/02), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 310,74/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 315,21@. E em Mato Grosso, a média fechou cotada a R$ R$ 313,24@.
Quanto aos preços da arroba, o Indicador CEPEA/B3, mercado paulista, fechou com nova valorização, mesmo que tímida. Com isso, a variação diária foi de 0,50%, o que fez com que os preços saltassem de R$ 339,35/@ para o patamar de R$ 341,05/@. Confira o gráfico abaixo, e veja o movimento de montanha russa que o Indicador vem apresentando nesta semana.
A demanda doméstica sem força tem estimulado os frigoríficos a comercializarem carne para outros estados. Na B3, o vencimento fev/22 ficou precificado em R$ 342,90/@, com ligeiro recuo de 0,06%.
Enquanto a oferta de boi gordo continua restrita, a demanda por animais que serão destinados à exportação continua aquecida, causando um maior diferencial entre o “boi China”, que é vendido na média dos R$ 345,00-350,00/@, e o “boi gordo comum” que é negociado na casa dos R$ 330,00/@.
Segundo apuração da IHS Markit, os altos índices pluviométricos registrados nos últimos dias impactam negativamente o transporte de bovinos em algumas áreas do Sudeste, Centro-Oeste e Norte do País.
Quedas de pontes e bloqueios em rodovias voltaram a prejudicar os embarques de animais, resultando em avanço nos custos de transporte e na interrupção de compras de boiadas por parte de algumas indústrias, relata a IHS.
Fatores que preocupam
Entre os sinais de alerta, o pecuarista que possui lotes para negociar no curto prazo, deve ficar atento a alguns fatores que já temos noticiado aqui no Portal.
Um dos principais pontos é o aumento no abate de fêmeas. Conforme tem sido apontado pelas consultorias, o volume de descarte destes animais tem crescido na última semana e deve, segundo o histórico, crescer no curto prazo. Dessa forma, as indústrias devem focar suas compras nestes lotes que garantem uma melhor margem na negociação.
Outro fator que pode impactar negativamente nas cotações da arroba são as margens pressionadas dos frigoríficos de mercado interno. O cenário que tem sido observado é a dificuldade de repasse de alta ao atacado, já que o consumo interno segue patinando e a população tem migrado para outras fontes de proteína mais baratas.
Por último, mas não menos importante, é a desvalorização do dólar que pode prejudicar a competitividade dos preços da carne brasileira frente aos seus concorrentes.
Giro do Boi Gordo pelo Brasil
- Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 343, estável.
- Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 313, inalterada.
- Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 313-314.
- Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 340 por arroba, estáveis.
- Em Goiânia, Goiás, a indicação foi de R$ 317 para a arroba do boi gordo.
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Atacado
Os preços da carne bovina reagiram no atacado. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios sugere por limitado movimento de alta. “A situação da demanda doméstica ainda remete ao amplo consumo de carne de frango, proteína mais acessível em um momento de descapitalização do consumidor médio no país. Essa dinâmica será bastante evidente no decorrer do ano”, apontou Iglesias.
No atacado paulista o escoamento de carne bovina ainda é considerado satisfatório e as cotações se mantém firmes. Com isso, a carcaça casada segue sendo vendida próxima dos R$ 21,00/kg, representando uma estabilidade no comparativo diário. A quinta-feira será dia de efetivação de negócios para entrega da semana vindoura, existe a perspectiva de reajustes de R$ 0,50/kg por parte dos frigoríficos, mas a efetivação deste avanço deve ser difícil.