Ele participará das reuniões de ministros de finanças no G20, no FMI e no Banco Mundial , e deve conciliar agenda para se encontrar com investidores privados, banqueiros e empresários.
Pressionado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) a aumentar os gastos públicos em ano eleitoral, o ministro da Economia, Paulo Guedes, inicia neste domingo (17) uma série de compromissos em Washington, nos Estados Unidos, para vender a ideia de que o Brasil é um “porto seguro” para receber investimentos.
Guedes participará das reuniões de ministros de finanças no G20, no Fundo Monetário Internacional (FMI) e no Banco Mundial até o próximo sábado (23). Além disso, ele deve conciliar a agenda para se encontrar com investidores privados, banqueiros e empresários.
“O Brasil vai estar lá se posicionando como uma solução. O ministro tem dito claramente nas ultimas oportunidades que o Brasil é um porto seguro. Fizemos o dever de casa com as reformas domésticas e isso nos torna mais resilientes ao ambiente mais adverso e turbulento”, disse um técnico da equipe econômica.
No G20, os riscos para a economia global serão o principal tema de discussão entre os ministros. Os efeitos econômicos da guerra da Ucrânia e da pandemia de Covid-19, com a interrupção das cadeias globais, estarão em debate.
Os representantes das maiores economias do mundo também discutirão a segurança energética e alimentar dos países, a crise de dívida e a falta de recursos das nações para identificação, enfrentamento e tratamento de potenciais futuras pandemias.
Guedes no FMI e no Banco Mundial
A criação de um fundo para apoiar países em situação de vulnerabilidade estará em debate no FMI. Os países membros do organismo internacional fizeram um aporte adicional de recursos recentemente e como usar esse dinheiro para ajudar as nações mais pobres estará em discussão.
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As finanças sustentáveis também serão debatidas no FMI. Guedes aproveitará para apresentar os programas lançados pelo Brasil para alavancar o crescimento sustentável. O ministro quer mudar a percepção dos estrangeiros em relação ao compromisso do país com a preservação ambiental.
O processo de digitalização dos países será o debate central do Banco Mundial e Guedes apresentará os avanços do Brasil na área. As diferenças entre as economias desenvolvidas e em desenvolvimento no avanço dessa pauta também serão discutidas.
Guedes e os integrantes da comitiva também devem se posicionar reservadamente pela manutenção da Rússia como membro do G20, do FMI e do Banco Mundial. “Vamos aproveitar as reuniões em todos os fóruns para levar a mensagem de que romper os canais de comunicação não é a melhor estratégia para buscar soluções para os problemas”, disse outro técnico da equipe econômica.
Fonte: Estadão Conteúdo