Grupo Pelissari que deve R$ 45 milhões convoca assembleia; veja credores

A dívida total do Grupo Pelissari soma aproximadamente R$ 45 milhões, incluindo um montante em dólares de US$ 565 mil. A reunião, que pode definir o futuro do grupo, está marcada para os dias 21 e 28 de outubro, em primeira e segunda convocação, respectivamente.

O Grupo Pelissari, localizado no município de Nova Canaã do Norte (a 680 km de Cuiabá), enfrentando dificuldades financeiras, convocou uma assembleia de credores no contexto de seu processo de recuperação judicial. A dívida total da organização soma aproximadamente R$ 45 milhões, incluindo um montante em dólares de US$ 565 mil. A reunião, que pode definir o futuro do grupo, está marcada para os dias 21 e 28 de outubro, em primeira e segunda convocação, respectivamente.

O Grupo Pelissari opera nos municípios de Nova Canaã do Norte, Ipiranga do Norte e Sorriso, regiões do médio-norte de Mato Grosso. A organização alega que suas dificuldades financeiras são decorrentes de fatores como:

  • Eventos climáticos adversos que impactaram severamente a produção agrícola;
  • A pandemia de Covid-19, que desestabilizou o mercado e agravou a situação;
  • Empréstimos e financiamentos que contribuíram para o acúmulo de dívidas.

Segundo o processo judicial, os produtores afirmam que, mesmo diante das adversidades, cumprem os requisitos legais para o processamento da recuperação judicial e têm condições de retomar suas atividades e manter a fonte produtiva. Esse processo é fundamental para evitar a falência da empresa e garantir a continuidade de suas operações.

A Importância da Assembleia de Credores

A assembleia de credores é um momento crucial no processo de recuperação judicial, pois é durante essa reunião que os credores deliberam sobre a proposta de pagamento das dívidas. Caso os credores aceitem os termos propostos, o grupo pode seguir com seu plano de recuperação. Se não houver acordo, a falência pode ser decretada, o que implicaria o fim das atividades do grupo.

As Principais Dívidas e Credores

O processo de recuperação judicial revela que as dívidas estão concentradas principalmente em bancos e fornecedores de insumos agrícolas. Abaixo, detalhamos os credores e os valores devidos, divididos por classe:

Classe I – Trabalhista:

A Classe Trabalhista inclui débitos com funcionários e colaboradores. O valor total desta classe é de R$ 428.909,01. Alguns dos credores incluem:

  • Clovis Fernandes: R$ 51.916,54
  • Valdinei Leandro Rosa: R$ 328.369,47
  • Weslei Gustavo Bortoncello Fernandes: R$ 6.663,00

Classe II – Garantia Real:

Nesta categoria estão os maiores credores, com garantias vinculadas a bens da empresa. Os débitos somam US$ 526.030,00 em dólares e R$ 32.547.633,55 em reais. Os principais credores são:

  • Amaggi Exportação e Importação Ltda: US$ 526.030,00 e R$ 6.624.010,00
  • Banco do Brasil S.A: R$ 7.600.720,12
  • Caixa Econômica Federal: R$ 4.425.965,01
  • Maré Cubatão Comércio de Fertilizantes Eireli: R$ 4.331.350,00

Classe III – Quirografário:

Essa classe inclui credores que não possuem garantias reais vinculadas aos bens da empresa. O total de dívidas é de US$ 39.000,00 em dólares e R$ 9.583.698,40 em reais. Alguns exemplos de credores são:

  • Attua Comercial Agrícola Ltda: R$ 4.831.410,40
  • COFCO International Brasil S.A: US$ 39.000,00
  • Eduardo Fuhr: R$ 787.500,00

Classe IV – Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (ME/EPP):

Aqui se enquadram dívidas com micro e pequenas empresas. O valor total é de R$ 681.833,16. Um dos credores nesta classe é:

  • Terra Forte Máquinas e Implementos Agrícolas Eirele ME: R$ 681.833,16

Desdobramentos Futuros para o Grupo Pelissari

A recuperação judicial do Grupo Pelissari depende agora do consenso entre os credores. As assembleias agendadas serão determinantes para o futuro da organização. Se os credores concordarem com o plano de pagamento, o grupo poderá se reorganizar financeiramente e continuar suas atividades. Contudo, a falência será inevitável caso não se chegue a um acordo.

Essa situação destaca a vulnerabilidade do setor agropecuário frente a eventos climáticos e crises sanitárias, reforçando a importância de uma gestão financeira cautelosa e da adoção de estratégias que visem mitigar riscos futuros.

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