Gripe aviária se expande pelo mundo e causa morte em uma criança

Além da Guatemala na América Central, Chile, Uruguai, Venezuela e Argentina já estão com surtos da gripe H5N1, inclusive detectada em seres humanos causando a morte.

Apesar de ser conhecida nacionalmente como gripe aviária, o vírus H5N1 pode infectar seres humanos. Recentemente, chegou a atingir o Camboja, um país do Sudeste da Ásia, contaminando duas pessoas. Na quinta-feira (23), uma menina de 11 anos acabou falecendo, o pai dela também testou positivo para o vírus. A Vigilância Sanitária do país está controlando mais 12 pessoas que tiveram contato recentemente com a menina.

A situação global é de estado de alerta, pois segundo a Organização Mundial de Saíude é possível que ocorra a disseminação em todos os continentes. O caso é visto como uma epidemia, já que são poucos os relatos de seres humanos contaminados, com 856 casos confirmados de H5N1 nos últimos de 20 anos e 457 mortes.

Países como Guatemala, Chile e Argentina já estão tomando providências quanto ao surto do vírus nos países. A Guatemala, país da América Central, registrou um surto de gripe aviária altamente patogênica H5N1. O vírus foi identificado em aves selvagens na parte Leste do país. Segundo a agência de notícias Reuters, o vírus mortal foi detectado em 11 pelicanos marrons selvagens. Em relatório, a Organização Mundial de Saúde Animal citou as autoridades da Guatemala em relação aos dados da doença no país americano.

Nos últimos dias, a gripe aviária atingiu novos locais e se tornou endêmica pela primeira vez em algumas aves selvagens que transmitem o vírus às aves domésticas, de acordo com especialistas da área. Somente na última semana, dois vizinhos do país relataram os primeiros casos da doença: Argentina e Uruguai. No caso uruguaio, a vítima foi um cisne.

Além dos impactos na saúde, o vírus pode trazer impactos econômicos. Para Fábio Pizzamiglio, que atua com comércio exterior, essas notícias acendem um sinal de alerta para o governo brasileiro. “Isso gera uma preocupação para o comércio exterior brasileiro. A primeira delas é em relação à expansão do vírus para o nosso território, isso poderá ser mal visto para a nossa importação de produtos da agropecuária. Além disso, também temos o aspecto de produção, que pode ser altamente afetada neste momento”, afirma.

América do Sul

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Foto: Giuliano Miranda

Autoridades de saúde chilenas detectaram o primeiro caso de gripe aviária altamente patogênica (HPAI) em um mamífero marinho depois que um leão-marinho de 250 quilos foi encontrado encalhado em uma praia do norte com problemas respiratórios.

Até o momento, foram notificados focos da doença em países vizinhos como Colômbia, Equador, Venezuela, Peru, Chile, Argentina e Uruguai. Em alguns desses países, como Bolívia, Peru e Equador, os casos foram registrados em animais de granjas comerciais. Nos demais países, as notificações foram reportadas em aves silvestres.

O Brasil, maior exportador mundial de aves, ainda não detectou nenhum caso, mas autoridades já estão em alerta sobre possíveis transmissões.

Segundo declarações do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, a vigilância foi reforçada e nenhum trânsito de carga será paralisado nas fronteiras e prometeu uma fiscalização mais rígida. Os casos suspeitos no Rio Grande do Sul e Santa Catarina foram descartados. “Precisamos de medidas sérias do governo federal, principalmente ações que evitem a propagação desse vírus no território nacional. Também devemos utilizar os mecanismos da diplomacia para evitar que nossos produtos sejam mal vistos nos nossos principais mercados, como é o caso da China”, ressaltou Pizzamiglio.

Fonte: Assessoria Efficienza

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