Os casos registrados até agora preocupam mais do ponto de vista da biosseguridade e exigem atenção das autoridades.
Os recentes casos de gripe aviária de alta patogenicidade registrados em bovinos leiteiros e a confirmação do segundo caso humano da doença nos Estados Unidos, na segunda-feira (1), trazem preocupação, mas não chegam a impactar diretamente o mercado de carne bovina. A avaliação é do analista e consultor de Safras & Mercado, Fernando Iglesias.
Desde o dia 25 de março até agora, houve confirmações de casos de gripe aviária em bovinos leiteiros em 12 propriedades nos Estados Unidos, sendo sete no Texas, duas no Kansas, uma no Michigan, uma no Kansas e uma em Idaho. O segundo registro da doença no país em humanos, no começo dessa semana, está relacionado ao contato de um trabalhador de uma fazenda de laticínios com animais contaminados no Texas. O primeiro caso havia sido registrado em 2022.
Iglesias, destacou à Safras News que a ocorrência de casos de gripe aviária em mamíferos não é incomum, pelo fato do vírus H5N1 da gripe aviária ser altamente mutável. Já em humanos é um pouco mais difícil de ser registrada, embora possa ocorrer por conta do contato com animais contaminados. Do ponto de vista de mercado, porém, os casos, até agora, não tiveram grandes desdobramentos., uma vez que foram considerados de “baixo risco” para o mercado de carne bovina.
Iglesias acrescenta que os casos registrados até agora preocupam mais do ponto de vista da biosseguridade e exigem atenção das autoridades, para evitar que haja um problema de saúde pública nos Estados Unidos. Ele lembra ainda que o gado de corte estadunidense, em meio a um ciclo de baixa disponibilidade de oferta, está trabalhando com as máximas históricas em termos de preço.
Fonte: Agência Safras
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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