O IBCI lembra outras dificuldades que o setor portuário vem enfrentando para o escoamento de mercadorias, quando cargas estão levando 4 vezes o tempo normal
O escoamento de alguns itens agrícolas já sente os impactos provocados pela greve de servidores da Receita Federal. Com relação ao trigo, por exemplo, quase 40 mil toneladas importadas estão paradas no porto de Santos, aguardando por liberação do órgão público. O cenário levou o Instituto Brasileiro de Comércio Internacional e Investimentos (IBCI) a enviar um ofício ao ministro da Economia, Paulo Guedes, pedindo soluções para resolver o problema envolvendo os servidores públicos e o escoamento de cargas.
Lê-se no ofício – assinado pelo presidente do IBCI, Welber Barral – que “o comércio exterior brasileiro é um fator chave para a retomada da economia nacional no pós-Covid-19. O atraso nas atividades portuárias vai na contramão de tal objetivo. Desta maneira, reforço o apoio do IBCI e das empresas que assinam este documento para que o tema seja tratado com a devida seriedade, novamente, evitando um efeito dominó dentro da economia nacional, que luta para uma recuperação cada vez mais promissora”.
O IBCI lembra, ainda no documento, outras dificuldades que o setor portuário vem enfrentando para o escoamento de mercadorias, quando cargas estão levando quatro vezes o tempo normal para ter seu desembaraço em regiões aduaneiras. “Esses atrasos afetam não somente os operadores que tratam diretamente com exportações e importações, mas também pequenas empresas que possuem operação exclusiva no Brasil, que dependem de componentes importados. Prazos de desembaraços que demorariam normalmente de até 5 dias atualmente estão levando semanas”, ressalta a nota.
Procurados, representantes do Ministério da Economia informaram que a pasta não vai se pronunciar sobre o fato.