Entenda como ficou o setor depois da greve que os caminhoneiros fizeram no final de maior deste ano.
O Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro) calculado pelo Departamento do Agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Deagro/Fiesp) e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) não resistiu à greve dos caminhoneiros e registrou forte queda no segundo trimestre deste ano.
Conforme dados divulgados hoje, o indicador caiu 8,6 pontos em relação ao primeiro trimestre e encerrou o período em 98,5 pontos. A escala vai de zero a 200, e 100 é o ponto neutro. O resultado é dimensionado a partir de 1,5 mil entrevistas (645 válidas) com agricultores e pecuaristas de todo o país. Cerca de 50 indústrias também são ouvidas.
“O movimento [greve] colocou em evidência a perda de fôlego da recuperação econômica e as dúvidas quanto aos projetos que emergirão das urnas nas próximas eleições. De fato, a principal contribuição para a perda de confiança se deve à piora significativa na percepção quanto a situação do país, que caiu bruscamente em todos os elos pesquisados da cadeia”, diz Roberto Ignácio Betancourt, diretor do Deagro.
Houve quedas da confiança em todos os segmento do campo pesquisados — agroindústrias (antes e depois da porteira) e produtores (agricultores e pecuaristas). Nem a alta dos preços domésticos de grãos como soja e milho foi suficiente para melhorar o humor das cadeias do setor no segundo trimestre.
Fonte: Valor Econômico.