Greening: setor de citros debate formas de controle com Agricultura de SP

Estudo divulgado no fim de agosto indica que incidência da doença em laranjais em SP e MG avançou de forma preocupante do ano passado para cá.

Com o agravamento dos casos de greening nos pomares de citros em São Paulo, representantes da cadeia produtiva se reuniram, nesta segunda-feira (25), com a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado para debater o problema, informou nesta terça (26) a pasta, em nota.

De acordo com o Fundecitrus, em estudo divulgado no fim de agosto, a incidência do greening nos laranjais situados entre São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro avançou de forma preocupante do ano passado para cá, crescendo de 24,42% em 2022 para 38,06% em 2023 – assim, 77,22 milhões de árvores estão doentes, de um total de 202,88 milhões plantados nos dois Estados.

O greening, provocado por uma bactéria inoculada nas plantas por um inseto psilídeo, é a doença mais grave da citricultura brasileira e obriga à erradicação das plantas contaminadas.

Estiveram presentes na reunião representantes da Associação Brasileira de Citros de Mesa (ABCM), do Fundecitrus e da Câmara Setorial da Citricultura, abrigada na Secretaria de Agricultura, para debater ações com o secretário, Antonio Junqueira, e com o secretário executivo da pasta, Guilherme Piai.

O setor apresentou medidas como a aplicação de inseticidas com periodicidade em pomares; a escolha adequada da nova região para plantio e a realização de controle de citros não comerciais na região do entorno da propriedade produtiva. Além disso, “o registro de moléculas de combate ao greening junto ao Ministério da Agricultura”, ou seja, de defensivos eficazes contra a doença.

O grupo sugeriu também a criação de um plano de comunicação para conscientização da sociedade sobre o greening e o fortalecimento da pesquisa para buscar novas alternativas para combate à doença.

Ainda conforme a nota da secretaria, as ações pretendem reunir iniciativas que envolvam a Coordenadoria de Defesa Agropecuária, com foco em sanidade vegetal, além de reforçar as vistorias de pomares abandonados nas regiões afetadas pela doença.

À Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) caberá o trabalho de extensão rural. “Para o secretário de Agricultura, a melhor maneira para enfrentar o problema é, junto ao setor produtivo, implementar um plano integrado de trabalho”, diz a pasta. Já o secretário executivo propôs “um trabalho conjunto com a Secretaria de Comunicação do Estado de São Paulo” para entender a melhor forma de divulgar o status da doença no território paulista.

O setor de sucos, sendo o de laranja o mais rentável da balança paulista, é o quinto produto do agro mais exportado em São Paulo, responsável por cerca de U$S 1,3 bilhão das vendas externas setoriais do estado.

Fonte: Estadão Conteúdo

ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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