Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse que “prevenção de desastre é investimento”. Ele reforça que foco é reconstrução do RS e mais dinheiro para o seguro rural depende dos parlamentares
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse que o governo federal concorda em destinar R$ 2 bilhões para o Programa de Subvenção ao Seguro Rural (PSR) em 2025 e que isso só depende do Congresso Nacional, na aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do próximo ano, que precisa ser aprovada até o dia 31 de dezembro.
“O governo topa, agora os parlamentares precisam fazer a sua parte”, disse Fávaro ao Agro Estadão, durante visita ao Rio Grande do Sul. Para Fávaro, as mudanças climáticas estão consolidadas e o dinheiro usado em subvenção é um dinheiro bem gasto. “Prevenção de desastre é investimento”, disse.
A previsão de recursos para o seguro rural não foi anunciada junto com as medidas do Plano Safra 2024/2025, como esperava o setor, o que gerou críticas. Porém, o governo garantiu a suplementação de R$ 210 milhões para a subvenção do seguro aos agricultores do Rio Grande do Sul.
Carlos Fávaro participou da entrega de máquinas agrícolas a 34 prefeituras gaúchas, a partir de recursos de emendas parlamentares. A entrega simbólica aconteceu na última sexta-feira, 5, na capital Porto Alegre. Lado a lado durante todo o evento, os ministros Fávaro e Paulo Pimenta (Reconstrução do RS) atenderam prefeitos e representantes dos municípios, e se reuniram com o presidente eleito da Federação das Indústrias do RS (Fiergs), Claudio Bier.
“Prevenção de desastre é investimento”, disse.
Ministros reforçam compromisso de ajuda aos agricultores do RS
Ao comentar a necessidade de aumento dos recursos no seguro rural para todos os agricultores do país, Fávaro reforçou que foi orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva dar prioridade total ao Rio Grande do Sul. “Todo aumento de recurso será para o Rio Grande do Sul”, contou o ministro.
Com os R$ 210 milhões de dinheiro extra para o estado, o número de produtores com cobertura do seguro rural passa de 12 mil para 26 mil. A subvenção da soja passou de 20% para 40% nos municípios em calamidade e 30% naqueles em estado de emergência. Nas demais culturas, a cobertura passou para 60% e 50%, respectivamente nos dois casos.
Mas a preocupação do setor é quanto às dívidas prorrogadas que passam a vencer a partir de 15 de agosto. O ministro da Agricultura garantiu: “antes de o prazo voltar a vencer, nós teremos repactuado todas as dívidas dos produtores rurais”.
O ministro da Reconstrução do RS afirmou que o assunto já foi tratado com o ministro da Fazenda para alongar as dívidas. “Conversei hoje com o ministro Haddad (Fernando) e antes do dia 15 de agosto, vamos construir uma proposta, uma ideia que permita que a nossa agricultura possa respirar”, disse Pimenta.
Fonte: AgroEstadão