Medidas para elevar a produção de milho verão da próxima temporada, que será plantada no final de 2021, para aumentar a oferta doméstica.
O governo brasileiro vai introduzir medidas para elevar a produção de milho verão da próxima temporada, que será plantada no final de 2021, para aumentar a oferta doméstica, disse uma autoridade do Ministério da Agricultura à Reuters, nesta quarta-feira (10/3).
O diretor de Comercialização e Abastecimento da pasta, Silvio Farnese, afirmou que as medidas ainda não foram concluídas, mas podem ser anunciadas em maio e incluem a oferta de mais crédito, seguro agrícola e mecanismos de apoio comercial para os agricultores aumentarem a produção do cereal.
“O Brasil deve aumentar sua produção de soja e milho para volumes recorde nesta safra”, disse Farnese. “Mas isto não vai gerar a queda de preço esperada”, acrescentou.
A produção total de milho do Brasil deve girar em torno de 103 milhões de toneladas na atual temporada. A safra de verão –primeira do ano–, que é plantada paralela à soja, já representou a maior parte da produção do país, mas hoje responde por apenas 22% do total.
As medidas são uma resposta à forte demanda global por alimentos e à desvalorização do real, que seguem dando impulso às exportações de grãos do país, reduzindo a disponibilidade local de produtos básicos e ingredientes para ração.
No ano passado, o governo eliminou temporariamente os impostos de importação de milho, arroz e soja de países de fora do Mercosul, visando aumentar as ofertas domésticas. Isso, porém, não impediu que os preços do óleo de soja e de cereais no varejo disparassem 60% em 2020, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Farnese disse que o Brasil –segundo maior exportador de milho do mundo– não vai estender a isenção tarifária para importações de milho, que expira em 31 de março.
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Aumentar as reservas de grãos, como já foi feito no passado para regular os preços no período de entressafra, também não é uma opção, disse ele, citando os custos associados a esse esforço.
O diretor também descartou restrições de exportação para que as ofertas domésticas de alimentos aumentem. “A exportação é excelente para o produtor… A exportação garante mercado para sua produção”, afirmou Farnese.
Com informações da Reuters.