Previsões de boas chuvas em todo cinturão agrícola dos EUA derruba cotações das commodities em Chicago e impacta negócios no Brasil.
Após clima mais ameno no mercado do milho em Campinas/SP, as negociações se aqueceram levando o indicador da saca do cereal a romper os R$ 103,00, um novo recorde. Com o impacto do clima nos EUA, as cotações do cereal na B3 registraram ligeira movimentação de desvalorização com o contrato para julho/21 recuando para R$ 98,12/sc na quarta-feira, queda diária de 0,4%.
Em Chicago as cotações do cereal chegaram a recuar mais de 2% com as boas previsões climáticas para o Corn Belt nos EUA, mas as perdas amenizaram e o contrato setembro/21 desvalorizou 0,3%, valendo US$ 5,67/bu no encerramento do pregão.
Boi Gordo
O mercado físico do boi gordo seguiu calmo por mais um dia, no entanto, há sinais de dias melhores no horizonte. Os valores negociados pelo animal continuam girando em torno dos R$ 310,00/@. Os frigoríficos se encontram, em sua maioria, com uma boa margem nas escalas de abates, o que gera um certo conforto para suprir a demanda interna, que já não está forte.
No atacado, a segunda quinzena do mês de maio/21 chegou com uma redução no volume de vendas até mesmo das carne de frango e de suíno, principais alternativas em momentos em que o consumidor se vê com os bolsos vazios.
Com os custos de produção aumentando, produtores sentem-se apertados, e tentam segurar os preços das proteínas substitutas. Enquanto isso, a carne bovina segue ainda com dificuldade de escoamento e pressão forte para reajustes negativos sobre a carcaça casada .
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Soja
Com o forte impacto das cotações internacionais, o preço da soja em Paranaguá/PR derreteu para os R$174,00/sc, espantando os vendedores e deixando o mercado sem muita liquidez no Brasil.
As cotações futuras da oleaginosa sofreram forte desvalorização em Chicago com a boa perspectiva climática colaborando para a etapa final do plantio e desenvolvimento das lavouras. O contrato para julho/21 encerrou a quarta-feira em US$ 15,38/bu com desvalorização diária de 2%
Fonte: Agrifatto