Os especialistas ainda não sabem afirmar com que frequência o vírus infecta cetáceos, mas o quê tem despertado olhares é a descoberta em duas espécies.
Um golfinho da espécie nariz-de-garrafa foi encontrado morto em um canal da Flórida, na última quarta-feira (7); o animal testou positivo para a gripe aviária. Autoridades suecas, uma semana atrás, encontraram o mesmo tipo de gripe em um boto que estava encalhado.
Já tendo anteriormente afetado uma variedade incomum de espécies, esta versão do vírus foi disseminada amplamente entre as aves norte-americanas e europeias. Entretanto, essas descobertas representam os dois primeiros casos documentados em cetáceos, um grupo de mamíferos marinhos que inclui golfinhos, botos e baleias.
Os especialistas, por hora, ainda não sabem afirmar com que frequência o vírus infecta cetáceos, mas o quê tem despertado olhares é a descoberta em duas espécies diferentes em dois continentes distintos.
Especialistas ressaltam que o risco para os seres humanos permanece baixo. A versão do vírus que está circulando Nos EUA causou apenas uma infecção humana documentada, em uma pessoa conhecida por ter tido contato com aves, segundo o CDC (órgão de saúde do país).
No entanto, o assunto não escapa da preocupação de especialistas: a disseminação do vírus para novas espécies apresenta riscos potenciais para a vida selvagem e possíveis mutações.
Conhecida como Eurasian H5N1, a cepa de gripe aviária, se espalhou rapidamente pelas aves domésticas, afetando dezenas de milhões de aves. Comparando com as versões anteriores do vírus, essa linhagem teve um impacto especialmente pesado nas populações de aves selvagens.
Aves afetadas
Em Meeker County, Minnesota, quase 130.000 aves foram afetadas por um surto em uma fazenda comercial de perus de acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA. Segundo o Departamento de Agricultura de Wisconsin, no condado de Washington, em Wisconsin, a gripe aviária altamente patogênica foi descoberta em um rebanho de quintal no primeiro caso confirmado desde maio.
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A gripe aviária está por trás da morte de mais de 40 milhões de aves, tornando-se o segundo pior surto nos EUA, depois de 2015. A gripe aviária tende a piorar em temperaturas mais baixas e as recentes descobertas são um sinal de que os casos podem começar a aumentar.