Goiás: Agrodefesa alerta a população sobre sinais de gripe aviária em aves domésticas e selvagens

Até o momento, nenhum foco da doença foi confirmado em Goiás, mas aves migratórias podem trazer a enfermidade ao Estado.

A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), órgão do Governo de Goiás, reforça a necessidade de atenção da população quanto aos sinais de gripe aviária (H5N1), também conhecida como Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), em aves, sejam domésticas ou selvagens, incluindo pássaros migratórios. O reforço é em virtude da recente contaminação em humanos nos Estados Unidos, com uma morte registrada naquele país, na última segunda-feira (06/01), o que acendeu o alerta mundial em redobrar os esforços contra a doença.

Apesar de rara, a contaminação em seres humanos pode acontecer, especialmente em pessoas que trabalham com aves ou que têm exposição recreativa a elas. A transmissão, tanto em aves, quanto em seres humanos, ocorre exclusivamente por via respiratória, e não pelo consumo de ovos ou de carnes. A Agrodefesa destaca, no entanto, que até hoje não foi confirmada nenhuma ocorrência da doença em aves no Estado e não há registros de contaminação em humanos no Brasil.

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“Goiás segue livre da doença, devido aos esforços tanto do Governo de Goiás, quanto do governo federal, em parceria com produtores rurais e a população, para realizar medidas que previnam a chegada da doença. No entanto, é preciso redobrar os cuidados, especialmente na atenção a aves migratórias ou de fundo de quintal, para que caso tenham algum sintoma, que seja feita a notificação à Agrodefesa”, enfatiza o presidente da Agência, José Ricardo Caixeta Ramos.

Entre os sinais que podem ser observados nas aves estão tosse, espirros e muco nasal; lesões hemorrágicas (hematomas) nas pernas e às vezes nos músculos; edema (inchaço) nas juntas das pernas, na crista e barbela, com cor roxa-azulada ou vermelha-escura; falta de coordenação motora e andar em círculos; diarreia e desidratação. Além disso, em aves de fundo de quintal, pode ser observada também a queda na produção de ovos e alterações nas cascas dos ovos.

“É preciso que toda a população fique atenta, não só o produtor rural. Isso porque a doença pode chegar em aves migratórias, que vêm de outros países onde existe a doença”, explica a gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, Denise Toledo. “Os registros que tivemos no Brasil até hoje, por exemplo, foram em aves silvestres ou de subsistência em estados costeiros ou que fazem fronteira com outros países. Mas em Goiás, onde não há registro de doenças, também há a passagem de aves migratórias, o que redobra os cuidados que todos devemos ter em observar sintomas suspeitos.”

Em caso de suspeita, a população pode notificar a Agrodefesa de diferentes maneiras. O cidadão pode fazer o registro pelo sistema e-Sisbravet (link disponível no site da Agrodefesa no endereço www.goias.gov.br/agrodefesa) ou ainda pelo telefone 0800-646-1122.

“Também é possível procurar diretamente a Agrodefesa em uma das Unidades Operacionais Locais, distribuídas em 236 municípios goianos. É importante ressaltar que a pessoa não deve manipular esse animal, nem se aproximar para evitar a disseminação do vírus. A partir da notificação, um médico veterinário do Serviço Veterinário Oficial terá os materiais necessários para o manuseio das aves, evitando a propagação do vírus, caso a contaminação seja confirmada. Se for um caso positivo, será iniciado todo um protocolo para encerrar o foco”, reforça o diretor de Defesa Agropecuária da Agrodefesa, Rafael Vieira.

Medidas preventivas

A Agrodefesa realiza diversas ações focadas na prevenção da gripe aviária (influenza aviária), incluindo a fiscalização de estabelecimentos avícolas, vigilância ativa, além do controle do trânsito, cadastramento de estabelecimentos avícolas, entre outros. Em complemento ao trabalho da Agência, os produtores rurais criadores de aves precisam se atentar para as medidas de biosseguridade que devem ser aplicadas nos estabelecimentos de criação de aves, para prevenir a entrada da doença, especialmente pelo contato com aves migratórias doentes.

“Os produtores comerciais já aplicam diversas dessas medidas, como evitar a presença de árvores próximas aos galpões e a instalação de telas, bem como capacitar os colaboradores para identificação de sintomas e evitar o acesso de pessoas estranhas à criação de aves, entre outras, que também devem ser seguidas em criações de subsistência, também chamadas de fundo de quintal”, explica a coordenadora do Programa Estadual de Sanidade Avícola da Agrodefesa, Silvânia Andrade Reis.

Ela ressalta também a importância de não misturar aves de espécies diferentes no mesmo aviário, sobretudo galinhas e frangos com aves aquáticas, como patos, marrecos, gansos ou aves silvestres. “Outra medida importante é a atenção quanto à origem das aves que o produtor adquire. Ele deve obter essas aves de plantéis certificados ou registrados junto ao Mapa e, de maneira alguma, comprar aves ilegalmente, nem transportar sem Guia de Trânsito Animal”, complementa.

A Agrodefesa também disponibilizou no seu perfil no Instagram um Guia especial sobre a Influenza Aviária que pode ser acessado no link: https://www.instagram.com/p/DBv3zXZON2k/?img_index=1

Fonte: Agrodefesa-GO

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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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