Ano passado, Goiás produziu 17,94% mais carne de frango comparado ao ano anterior já o crescimento da produção no estado de São Paulo para o mesmo período foi de 3,16%.
Em 2022, os estados de Goiás e São Paulo disputarão a quarta posição no ranking brasileiro de maiores produtores de carne de frango. Em 2021, uma diferença de segunda casa decimal separou os estados, ficando São Paulo com a quarta posição (8,32%) e Goiás com o quinto lugar (8,27%), segundo dados da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal).
No ano passado, Goiás produziu 17,94% mais carne de frango comparado ao ano anterior, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O crescimento da produção no estado de São Paulo para o mesmo período foi de 3,16%, também segundo dados do IBGE.
Segundo Cláudio Almeida Faria, que é presidente da AGA (Associação Goiana de Avicultura), em 2022 a produção de carne de frango em Goiás deverá seguir o mesmo ritmo de crescimento previsto para a produção nacional, que é de até 1%. Segundo dados divulgados pela ABPA, o Brasil deverá produzir até 14,5 milhões de toneladas de carne de frango.
Segundo o presidente da entidade, o crescimento da avicultura de corte no estado resulta tanto da chegada de novas empresas, em busca de fatores de competitividade, como dos planos de expansão das próprias empresas locais. Estão instaladas em Goiás, a Pif Paf (MG), a BRF e, entre as empresas locais, a Friato, a São Salvador Alimentos e a Qualitti Alimentos, sendo as cinco responsáveis por 98% da produção de frangos de Goiás.
“Nesses últimos três anos, realmente, a resposta do estado de Goiás em relação à produção de aves superou as expectativas que antecediam esse período”, salientou Faria em entrevista ao vivo no canal do youtube da Agroceres Multimix. No entanto, o setor trabalha com cautela ante o cenário econômico do país, considerando que 68% da produção de carne de frango do país é destinada para atender o mercado doméstico.
“O que é limitante no Brasil é o poder de compra da população”, salientou Faria. “Então, a gente tem que produzir o suficiente para alimentar a população dentro do que a gente tem de massa salarial no país e, ao mesmo tempo, aproveitar as oportunidades de mercado externo para a gente crescer também nas exportações”, completou.
Desafio Logístico
Segundo o presidente da AGA, o maior desafio enfrentado hoje, não apenas pela avicultura goiana, é o escoamento da produção. Cláudio Almeida Faria destaca que Goiás produz mais de três vezes carne de frango do que consome.
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“A gente tem ali próximo o milho, mas a gente não tem próximo o consumidor, os portos, e aí o peso do frete causa um certo impacto negativo na competitividade do estado”, explicou. “Então, a gente tem que conseguir uma produção de frango a um custo baixo, para que possamos ser competitivos também no mercado internacional”, completou.
O AveLive foi realizado pela primeira vez em 2017 com o objetivo de levar informações técnicas e de mercado, em primeira mão, aos atores da avicultura brasileira. A iniciativa segue a filosofia da Agroceres Multimix, que há mais de 45 anos se propõe a oferecer ao setor agropecuário muito mais que nutrição.
Para conferir a entrevista completa com Cláudio Almeida Faria, acesse o link https://youtu.be/kTm-IAIOo7c
