SLC Agrícola reverte lucro e fecha o quarto trimestre de 2023 com prejuízo acima de R$ 150 milhões; boa notícia é a manutenção de ótimos níveis de produtividade de soja
A SLC Agricola, com capital aberto na Bolsa de Valores B3, reportou prejuízo líquido de R$ 152,986 milhões no quarto trimestre de 2023 (4T23), contra um lucro líquido de R$ 132,433 milhões no 4T22. Segundo a companhia, houve manutenção dos ótimos níveis de produtividade de soja (muito próxima ao recorde) e a produção do algodão e do milho 2ª safra foram recordes na companhia.
O fluxo de caixa livre da companhia recuou 13,8%, para R$ 676,992 milhões.
A empresa destaca que na safra 2022/23 foram registrados excelentes níveis de produtividade, mesmo com a redução de 20% na aplicação de fertilizantes (cloreto de potássio e fosfatados).
A SLC afirmou no balanço que os custos por hectare orçados para a safra 2023/24 apresentam uma redução média em reais de 10% em relação ao orçado da safra 2022/23, diante de queda dos preços dos principais insumos.
A companhia afirmou ainda que para a safra 2024/25, cujo plantio começará em setembro de 2024, iniciou compras de fertilizantes. A empresa já adquiriu 87% dos fosfatados, 82% do cloreto de potássio e 16% dos fertilizantes nitrogenados que vai precisar para o período, “aproveitando as boas oportunidades oferecidas pelo mercado”.
Para 2024, a meta da SLC é vender “1.250.300 sacas de soja semente de 200 mil sementes e 143.318 sacas de semente de algodão de 200 mil sementes. O que significa um aumento de 22,5% e 10,3%, respectivamente, sobre as vendas realizadas em 2023″, segundo o balanço.
Empresa tem maior área certificada das Américas pelo programa Regenagri
A SLC Agrícola agora detém a maior extensão certificada para o cultivo de soja e algodão através de um programa de agricultura regenerativa chamado Regenagri. Duas propriedades da empresa, localizadas em Planalto (MS) e Pamplona (GO), foram certificadas, totalizando uma área de 35.943 hectares. Esta empresa é a terceira do setor no país a alcançar tal reconhecimento para culturas como soja, algodão e milho.
O Regenagri, criado pela Control Union, empresa britânica presente em mais de 70 países, enfatiza as melhores práticas agrícolas implementadas nas fazendas, priorizando a saúde do solo, a preservação da biodiversidade, o uso sustentável da água e a captura de carbono, entre outras iniciativas.
Segundo Álvaro Dilli, Diretor de RH, Sustentabilidade e TI da SLC Agrícola, a conquista do selo Regenagri é de extrema importância para a empresa, pois evidencia suas práticas de sustentabilidade, especialmente no que diz respeito ao cuidado com o solo. Essa certificação aborda as diversas dimensões do solo – química, física e biológica – ressaltando as iniciativas da empresa, como a adoção do plantio direto, a manutenção da cobertura do solo, a rotação de culturas, a implementação da Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e o uso de bioinsumos.
A SLC Agrícola, estabelecida em 1977, é uma das principais produtoras de commodities agrícolas do Brasil. Com 22 unidades de produção distribuídas em sete estados brasileiros, principalmente na região do Cerrado, e sua sede em Porto Alegre (RS), a empresa concentra-se na produção de algodão, soja e milho, além de adotar o modelo de integração lavoura-pecuária (ILP) para criação de gado.
Além disso, é responsável pela produção e comercialização de sementes de soja e algodão sob a marca SLC Sementes. A SLC Agrícola foi uma das pioneiras do agronegócio a ter suas ações negociadas na Bolsa de Valores (SLCE3) e é incluída em diversos índices importantes da B3, como o IBOVESPA, IBRX100, ICO2 e ISE. Em 2021, formalizou sua política de Desmatamento Zero.
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