
Multinacional de biotecnologia do etanol mira crescimento de dois dígitos no Brasil; Para isso, a empresa investiu U$$ 100 milhões, algo em torno de R$ 600 milhões, no desenvolvimento de “superleveduras”
Maior empresa do mundo no setor de biotecnologia do etanol, a canadense Lallemand Biofuels & Distilled Spirits (LBDS) vê o mercado brasileiro de etanol como o mais promissor no mundo e tem investido grande parte de sua energia para ações no país. A empresa adquiriu o braço da BASF no setor de enzimas e mira crescimento de 20% a 30% ao ano no país. Nos últimos 15 anos, a empresa investiu cerca de U$$ 100 milhões, algo em torno de R$ 600 milhões, em pesquisas na área de engenharia genética para o desenvolvimento de suas soluções biotecnológicas, como é o caso das “superleveduras”.
A empresa desenvolve pesquisas, produtos e serviços nos setores de leveduras, enzimas, nutrientes e antimicrobianos para as maiores empresas do setor, como Raízen, BP Bioenergy e Atvos. Os produtos são responsáveis por aumentar a produtividade do etanol em até 6%.
A LBDS detém atualmente 40% do market share do mercado de biotecnologia no etanol de milho e 20% no de cana de açúcar no país, mas quer ir além. A companhia estima que pode dobrar sua participação no mercado brasileiro com o crescimento do setor e após o anúncio do programa Combustível do Futuro, que prevê que a adição de etanol na gasolina passe dos atuais 22% para até 35%.
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás são os principais estados clientes da empresa. Lá, estão localizadas a maior parte das refinarias de etanol de milho, principal mercado de biotecnologia do etanol. Mas o mercado deve crescer, e muito, nos próximos anos.
Dados da UNEM (União Nacional do Etanol do Milho), mostram que há 21 novas biorrefinarias projetadas ou com autorização de construção, em estados como Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Tocantins e Bahia. Outro alvo comercial da empresa é o Paraguai. A LBDS vem expandindo suas ações no mercado vizinho.
Para impulsionar as vendas além do etanol de milho, a empresa avança também no setor de cana. Conhecido por ser mais conservador ao uso de biotecnologia, a empresa afirma que isto vem mudando. “Quando falamos na necessidade de aumento de produtividade e preservação ambiental, precisamos tratar de biotecnologia. Temos percebido que o mercado de cana também tem se interessado mais pelo assunto”, afirma Fernanda Firmino, gerente de negócios da empresa, no Brasil.
Além disso, o mercado de etanol de milho vem crescendo mais que o de cana. Na safra 2024/25, deverão ser produzidos 7,8 bilhões de litros de etanol de milho, o que representa um crescimento de 25% para o setor. Já o etanol de cana deve registrar queda de quase 5%, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), após um ano de desafios climáticos.
Neste sentido, para garantir a disponibilidade suficiente de etanol para viabilizar o programa Combustível do Futuro, o país precisará aumentar a oferta do produto. O preço do combustível, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP) , subiu, nas bombas, 20,46% em 2024.
“Falar em biotecnologia é garantir o abastecimento do mercado mirando as exigências cada vez mais necessárias e rigorosas do escopo ESG”, diz Fernanda.
Pensando na necessidade de aumento de ganhos de produtividade do mercado brasileiro, a LBDS estima que o uso de seus catalisadores pode gerar, sem aumento da pegada de carbono, ganhos entre 277 e 544 milhões de litros adicionais de etanol.
Outra iniciativa relacionada à sustentabilidade, e que vem crescendo, é o etanol 2G. A produção do combustível a partir de biomassa deve atingir 12 bilhões de litros em 2030, e exige o uso de biotecnologia. A multinacional canadense tem acelerado as pesquisas e está prestes a concluir o desenvolvimento de uma nova tecnologia inédita que deve ser apresentada ao mercado ainda este ano.
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