Uma supercreche de R$ 5,5 milhões, construída pela Família Webler foi inaugurada em agosto deste ano, é o Centro Municipal de Educação Infantil Luzia Maggi Scheffer.
O Grupo Webler, uma empresa do agronegócio sediada no oeste do Mato Grosso. A Construção, executada pela Família Webler, contou com apoio do Departamento de Engenharia da Prefeitura Municipal, na elaboração do projeto e na fiscalização das obras. No dia 12 de agosto, a creche construída pela família, foi inaugurada em uma cerimônia que contou com a presença de autoridades locais
A obra, que leva o nome de Centro Municipal de Educação Infantil Luzia Maggi Scheffer irá atender a população local. A obra foi executada e, segundo as primeiras informações, é fruto de um TAC assinado em 2020, avaliado em R$5,4 milhões.
Grupo Webler é uma empresa familiar com 45 anos de atuação no agronegócio brasileiro, dona de 26 mil hectares de área total e atuante na produção de algodão, soja, pecuária, milho, arroz e feijão, além da criação de gado. Cerca de 8.800 hectares são destinados a plantação de algodão, sendo 7 mil destes na Fazenda Encantado, em Sapezal
Uma verdadeira Gigante do Agronegócio no estado, é uma multiprodutora de soja, algodão, milho, arroz, feijão e eucalipto, a Agropecuária Global, controlada pelo grupo Webler, também atua em outros segmentos. Os projetos futuros preveem a construção de usinas hidrelétricas, armazém, algodoeira e ampliação no confinamento bovino.
A empresa aceitou desembolsar o valor milionário após um acordo com o Ministério Público de Mato Grosso, para compensar danos ambientais causados pelo desmatamento em três fazendas. Sendo assim, a entrega faz parte da obrigação acordada em fazer a Escola de Educação Infantil ser entregue ao município.
O prazo para conclusão da obra foi de 24 meses. Todos os projetos relativos a obra, bem como a fiscalização desta, foi de responsabilidade da prefeitura. O terreno foi cedido pela prefeitura e o investimento da agropecuária chegou a aproximadamente R$ 5,5 milhões no empreendimento.
No TAC, a agropecuária tem aproximadamente 6,8 mil hectares de fazenda nas proximidades que houve desmate nas áreas sem autorização do órgão ambiental competente. Com a finalidade de regularizar os imóveis, a empresa cumpre a obrigação de retificar a área indicada como reserva legal, acrescendo-o de regularizar 981 hectares, devendo protocolar junto à Sema em 30 dias.
Assumiu ainda o compromisso de não mais desmatar a área sem autorização, ainda que não seja integrado em área de reserva legal ou preservação permanente, sob pena de multa de R$ 5 mil por hectare.
O advogado Al Afonso, que representa a Agropecuária Global no TAC, explicou que o objetivo da empresa foi “pacificar esta relação com o Ministério Público, até porque, à época em que havia este desmatamento a propriedade ainda não havia sido adquirido pela empresa, mas para evitar qualquer discussão decidiu celebrar o acordo para que pudesse reparar o dano ambiental causado pelos antigos proprietários da fazenda“.
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Indenização
Diante da obrigação de indenizar os danos difusos causados ao meio ambiente, a agropecuária compromete o destino R$ 89.455,00 ao Hospital Santa Marcelina. Conforme o TAC, esses recursos foram utilizados para instalação de equipamentos imprescindíveis ao dos leitos de UTI na unidade, de modo a funcionar o atendimento a casos graves na cidade alterações da Covid-19 ou outras doenças.
Além disso, adquiriu materiais e equipamentos no valor de R$ 22.488,97 para o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT) – campus Cuiabá – Bela Vista, e depositar R$ 18.056,03 no Fundo Municipal de Segurança de Sapezal.
O TAC foi por último assinado pelo promotor de Justiça João Marcos de Paula Alves, pelo proprietário da empresa e pelo Município, sendo esta parte interessada no acordo.