O objetivo é conquistar uma fatia de pelo menos 10% do mercado de equipamentos, com foco especial no setor agrícola, onde atualmente detém cerca de 8% de participação.
O Grupo Bamaq, uma empresa mineira com atuação diversificada no setor de máquinas, anunciou um plano audacioso de investir R$ 700 milhões até o final de 2025. O objetivo é conquistar uma fatia de pelo menos 10% do mercado de equipamentos, com foco especial no setor agrícola, onde atualmente detém cerca de 8% de participação.
Para alcançar essa meta, o grupo pretende expandir seu portfólio de produtos, incluindo tratores e outras máquinas, e duplicar o número de filiais, passando das atuais 13 para 26 até o final do próximo ano. A estratégia inclui um fortalecimento da presença da Bamaq em regiões-chave do agronegócio, como o Centro-Oeste e a área de Matopiba, que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, segundo informações de Guilherme, porta-voz da empresa.
Bamaq vai expandir atuação
Nogueira, responsável pela operação de máquinas e caminhões do Grupo Bamaq, destaca que a expansão incluirá quatro novas filiais na Bahia, além de unidades em Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Maranhão, Pará, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Roraima.
Além da venda de máquinas, a Bamaq também está apostando no mercado de locação. O crescimento do portfólio de equipamentos faz parte da estratégia para impulsionar o programa de aluguel por assinatura, lançado recentemente. A meta é finalizar 2024 com 200 máquinas disponíveis para produtores, com uma expansão prevista para 1.500 unidades até o final de 2025.
Outro pilar de crescimento é o consórcio, que tem contribuído significativamente para o aumento da receita. O Grupo Bamaq projeta um faturamento de R$ 5,4 bilhões para este ano, representando um crescimento de quase 70% em relação a 2023.
A Cresol, cooperativa de crédito com sede em Francisco Beltrão (PR), projeta um crescimento significativo em seus negócios, principalmente impulsionado pelos consórcios de automóveis, caminhões, imóveis e máquinas agrícolas, que agora representam 35% do volume de vendas, um salto em comparação aos 25% registrados no ano passado. Esse desempenho é apoiado por parcerias estratégicas com empresas como Azul e Uber, além do crescente interesse dos produtores rurais por esse tipo de financiamento.
Expansão de agências
Com uma visão voltada para a expansão física, a Cresol já superou sua meta anual, alcançando 900 agências em funcionamento. Segundo Cledir Magri, presidente da cooperativa, a aposta na abertura de novas lojas físicas se mostrou uma decisão estratégica eficaz. Com planos ambiciosos para os próximos anos, a Cresol pretende atingir a marca de 1.000 agências até o final de 2025 e expandir para 1.500 unidades até 2030, focando principalmente em municípios com até 50 mil habitantes.
Cresol avança nos resultados e projeta superação das metas de 2025
A Cresol está caminhando para antecipar suas metas financeiras, projetadas para 2025. Com uma expansão mais distribuída de suas agências, a cooperativa de crédito rural deve atingir neste ano a marca de R$ 45 bilhões em ativos, um objetivo inicialmente traçado para ser alcançado nos próximos dois anos. “Apesar das enchentes que impactaram o Rio Grande do Sul, estamos confiantes de que conseguiremos chegar lá”, afirma Magri.
Atualmente, o estado abriga o maior número de unidades da Cresol, com 260 agências, das quais 11 foram impactadas pelas recentes enchentes. A previsão é de que esse número cresça para 290 agências até 2025. Hoje, a cooperativa está presente em 19 estados brasileiros.
Novidade na B3 atende demanda de cafeicultores
Em setembro, a B3 amplia seu portfólio de commodities com a introdução dos contratos futuros de café conilon robusta, além dos já existentes de café arábica. A iniciativa atende a uma antiga demanda dos produtores do Espírito Santo, principal região produtora dessa variedade no Brasil. “A oferta desses contratos era algo muito solicitado por produtores, cooperativas e grandes tradings, pois representa o preço do café conilon no mercado nacional”, explica Marielle Solzki, gerente de Produtos de Commodities da B3.
Novidade no mercado futuro: contratos de café conilon na B3
Após dois anos de desenvolvimento, os contratos futuros de café conilon robusta estarão disponíveis para negociação na B3 a partir de 23 de setembro, com cotação na moeda brasileira. Atualmente, o mercado se baseia nos preços da Bolsa de Londres, mas a novidade permitirá maior representatividade para o mercado nacional. Esses contratos futuros possibilitam a comercialização antecipada de produtos agropecuários com preços fixados e entrega programada para a colheita. “O Brasil é o segundo maior produtor mundial de café conilon e tem um mercado com grande potencial de crescimento”, destaca Marielle Solzki, gerente de Produtos de Commodities da B3.
Expansão internacional da genética bovina brasileira
O setor de genética bovina do Brasil está em franca expansão, com 21 novos mercados abertos em 2024 e negociações em andamento com mais 20 países, segundo a Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ). A estimativa é que as exportações atinjam US$ 7 milhões este ano, um aumento significativo em relação aos US$ 3,36 milhões exportados até julho, incluindo US$ 600 mil provenientes da Índia, país de origem do gado zebu. A ABCZ projeta que, em 2025, o Brasil poderá ser reconhecido como área livre de febre aftosa sem vacinação, fortalecendo ainda mais o setor.
Camil expande operações na América do Sul
A Camil Alimentos, líder na produção de arroz no Brasil, anunciou sua expansão na América do Sul com a aquisição da Rice Paraguay e 80% da Villa Oliva Rice, ambas do Paraguai. As empresas são especializadas na produção, industrialização e comercialização de arroz. Embora o valor da transação não tenha sido divulgado, a compra reforça a presença da Camil, que já conta com operações próprias em cinco países: Brasil, Uruguai, Chile, Peru e Equador, com um total de 29 fábricas.
G-20 debate agricultura no Brasil
O estado de Mato Grosso, maior produtor de grãos e carnes do Brasil, será o anfitrião do grupo de trabalho da Agricultura do G-20 Brasil 2024, que ocorreu de quarta a sábado da última semana. Delegações de mais de 30 países participaram dos encontros técnicos e ministeriais para discutir temas como segurança alimentar e adaptação às mudanças climáticas.
Escrito por Compre Rural
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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