Gigante das commodities entra no mercado plant based

A Louis Dreyfus espera lançar produtos à base de proteínas vegetais ainda neste ano, nos Estados Unidos. O desafio é atender à demanda por produtos sustentáveis e acessíveis, com sabor e perfil nutricional.

Os produtos plant based (à base de proteínas vegetais) são o novo ramo de atuação da Louis Dreyfus Commodities. A gigante do setor agrícola anunciou, nesta quarta-feira (16/3), a inauguração de um centro de pesquisa e desenvolvimento desse tipo de produto, na Califórnia, nos Estados Unidos. A unidade vai atender ao mercado norte-americano até o final de 2022, mas a expectativa é fornecer proteínas vegetais para outros países.

O investimento da companhia é anunciado em meio a uma expectativa de expansão global do mercado de alimentação de base vegetal. De acordo com a consultoria MarketsandMarkets, em 2026, a receita deve chegar a US$ 15,6 bilhões em 2026. E, de acordo com estimativa da consultoria A.T. Kearney, até 2035, o segmento pode movimentar até US$ 370 bilhões.

“Como parte dos nossos planos estratégicos de crescimento para avançar ainda mais em direção ao consumidor final e diversificar a receita por meio de produtos de maior valor agregado, vemos uma oportunidade de participar do mercado em rápido desenvolvimento de alimentos à base de plantas por meio da extração de proteínas vegetais e da formulação de aplicações de alimentos e bebidas, alavancando nossas capacidades industriais e de originação existentes”, di Michael Gelchie, CEO da LDC, em comunicado enviado à imprensa.

O investimento no projeto, cujo valor não foi informado, reflete as crescentes preocupações com a saúde, o meio ambiente e o bem-estar animal, que estão impulsionando uma forte demanda por alternativas baseadas em plantas ao invés de proteínas animais. O desafio é atender à demanda por produtos sustentáveis e acessíveis, com sabor e perfil nutricional.

“O negócio de Proteínas Vegetais da LDC pretende ser o parceiro de escolha para as empresas de alimentos e marcas inovadoras que desejam incorporar proteínas mais sustentáveis em seus produtos”, diz Thomas Couteaudier, Diretor de Estratégia da LDC. “Entraremos no mercado com uma primeira linha de isolados de proteína vegetal não transgênica até o final de 2022, com um foco inicial na América do Norte, visando oferecer aos clientes globais um portfólio multifuncional de produtos e soluções de aplicação.”

O novo negócio de Proteínas Vegetais será gerenciado pelo Dr. Manoj Kumar, vice-presidente de Proteínas Vegetais da LDC, que supervisionará uma equipe de especialistas baseada na Califórnia. “O centro inaugurado hoje é uma base fundamental para o novo negócio, apoiando seu programa comercial e de P&D. Ele servirá como um laboratório e unidade-piloto para desenvolver produtos, validar seus valores técnicos e comerciais e construir know-how para futuras aplicações”, diz Kumar.

Fonte: Globo Rural

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