Gigante da cana anuncia venda de 900 mil ton de cana-de-açúcar por cerca R$ 381 milhões

Raízen, uma gigante da cana anuncia venda de 900 mil toneladas de cana-de-açúcar por R$ 381 milhões e expande operações em etanol de segunda geração.

A Raízen, uma das gigantes do setor sucroalcooleiro no Brasil, anunciou um importante movimento estratégico nesta terça-feira (14), com a venda de até 900 mil toneladas de cana-de-açúcar para a Alta Mogiana. O valor estimado da operação é de R$ 381 milhões, com um ganho líquido contábil de aproximadamente R$ 300 milhões. A transação, no entanto, ainda depende de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

O anúncio reflete a contínua busca da empresa por reciclagem de ativos e redução do endividamento bruto, conforme comunicado oficial. Além disso, a transação contribuirá para melhorar a eficiência logística e agroindustrial no cluster de Ribeirão Preto (SP), uma das regiões mais importantes para a produção de cana-de-açúcar no Brasil.

Importância do setor sucroalcooleiro para o Brasil

O Brasil é líder mundial na produção de cana-de-açúcar e derivados, como o etanol e o açúcar. De acordo com a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), o país responde por cerca de 40% do comércio global de açúcar e é o maior exportador mundial de etanol, essencial para a matriz energética sustentável. O setor sucroalcooleiro gera cerca de 1 milhão de empregos diretos, além de movimentar um dos maiores mercados agrícolas do mundo.

A Raízen, como uma das maiores empresas do setor, desempenha papel fundamental nesse contexto. Com operações que abrangem desde a produção até a comercialização de energia renovável, a companhia é uma das principais responsáveis por consolidar o Brasil como potência global em energia limpa.

Venda estratégica e reciclagem de ativos na Raízen

A venda das 900 mil toneladas de cana faz parte do plano da Raízen de ajustar seu portfólio de ativos e reforçar sua posição financeira. A Alta Mogiana, empresa adquirente, é uma das usinas mais tradicionais do Estado de São Paulo e conhecida pela eficiência na produção de açúcar e etanol.

A transação trará R$ 300 milhões em ganhos líquidos para a safra 2024/25, permitindo à Raízen fortalecer sua estratégia de crescimento sustentável. Essa reciclagem de ativos é vista como uma medida para ampliar a competitividade em um mercado global que exige maior eficiência operacional e sustentabilidade.

Avanços no etanol de segunda geração

Além da venda, a Raízen anunciou o início das operações de testes e comissionamento de duas novas plantas de etanol de segunda geração (E2G). As unidades estão localizadas nos Parques de Bioenergia Univalem, em Valparaíso, e Barra, em Barra Bonita (SP). Cada planta demandou um investimento de R$ 1,2 bilhão e terá capacidade anual de produção de 82 milhões de litros.

O etanol de segunda geração é produzido a partir de resíduos vegetais, como o bagaço da cana, e é considerado uma solução de ponta para a redução de emissões de carbono. Com as novas plantas, a Raízen se consolidará como a maior produtora mundial de E2G, sendo a única empresa capaz de operar quatro unidades em larga escala.

Segundo a companhia, a produção e os embarques aos clientes começarão ainda nesta safra, após a conclusão dos testes e obtenção das autorizações necessárias. Isso reafirma o compromisso da Raízen com a inovação e a sustentabilidade, ao mesmo tempo em que amplia a oferta de combustíveis renováveis no mercado.

Impacto para o setor e perspectivas futuras da Raízen

Esses movimentos estratégicos da Raízen demonstram a força e a importância do setor sucroalcooleiro brasileiro, que não só é vital para a economia nacional, mas também um pilar da transição energética global. O avanço no etanol de segunda geração reforça o papel do Brasil como protagonista em energia limpa e renovável, enquanto a venda da cana fortalece a estrutura financeira da empresa, permitindo novos investimentos em tecnologia e sustentabilidade.

Essas ações consolidam a Raízen como uma das empresas mais inovadoras do setor e reafirmam o protagonismo do Brasil em liderar soluções sustentáveis para o futuro da energia.

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