Gigante agrícola dá show de qualidade na pecuária de corte

A SLC Agrícola, uma das maiores potências do agro brasileiro na produção de fibras e grãos, também dá show na hora de produzir boi gordo; empresa lança mão de tecnologia para levar agricultura e pecuária juntas, na mesma área

A SLC Agrícola não é somente uma potência na Agricultura, produzindo grãos e fibras, podemos afirmar categoricamente que eles são uma potência na pecuária. A empresa é uma das líderes no setor agropecuário brasileiro, também conhecido como “Rei da Soja”, anunciou uma expansão significativa para a safra 2024/25, adicionando quase 60 mil hectares à sua área plantada. Essa ampliação resulta de uma joint venture com a Agropecuária Rica e do arrendamento de terras no Piauí.

Esse movimento estratégico destaca o compromisso da empresa com o crescimento e a diversificação de suas operações. Com esses movimentos, o maior agricultor do país, terras da SLC Agrícola atingem R$ 11,6 bilhões em 2024.

gadao da slc agricola - pronta para o abate - rendimento de carcaca
Foto: Divulgação

Fruto de uma parceria com a JBS, a empresa abateu nos últimos dois meses cerca de 2,7 mil machos jovens com cerca de 20,5@ e quase 57% de rendimento de carcaça. Os números são expressivos, já que o padrão médio de abate de bovinos no país é de 3,5 anos (cerca de 42 meses) e 17 arrobas (255 kg) — os frigoríficos exigem de 16 a 22 arrobas (de 240 a 330 kg). O gado mereceu destaque no Programa Giro do Boi do Canal Rural.

Quem apresentou esses números de respeito foi o originador Fernando Araújo, da unidade CPG da Friboi em Campo Grande (MS). O cabra tá com uns dados que vão fazer a galera ficar de queixo caído!

É a SLC Agrícola mostrando que sabe fazer as coisas em grande escala e com qualidade. “Essa turma não brinca em serviço, produz fibras, grãos e agora tá arrebentando na proteína animal! O gado veio da Fazenda Planalto, lá em Costa Rica (MS)” – diz a publicação do programa.

Foram cerca de 2.700 animais, e olha só que coisa mais linda: 85% eram de 0 e 2 dentes! O resultado? Prepara o coração: média de 56,5% de rendimento de carcaça e peso de 20,5 arrobas! É mole? É boi jovem mostrando que tem peso e qualidade de sobra!

Essa turma tá provando que dá pra fazer pecuária de precisão em grande escala. É o Mato Grosso do Sul mostrando que tá na vanguarda quando o assunto é produção eficiente! Com um trabalho desses, a gente vê que o futuro da pecuária brasileira tá bem guardado. É tecnologia e know-how se juntando pra fazer milagre no campo!

Brasil já produz três safras por ano

O que faz uma gigante agrícola investir na pecuária de corte? É fácil responder essa pergunta, boi safrinha. Em algumas fazendas, planta-se primeiro soja, depois o milho e por fim capim na para engordar o gado — o que os agricultores chamam de “boi safrinha”.

O avanço da tecnologia no campo, com melhoramento genético de sementes, irrigação e uso do plantio direto (técnica em que o solo é pouco revolvido) está colocando o Brasil numa posição única no mundo: a colheita de três safras por ano numa mesma área, tendência que ganha cada vez mais espaço no país.

O uso do solo durante todo o ano, sem interrupções, é uma vantagem competitiva em relação a nações do Hemisfério Norte, onde o inverno rigoroso interrompe esse ciclo. Com o avanço das três safras, aliada à recuperação de pastos degradados, os especialistas afirmam que o Brasil tem potencial para dobrar sua produção agrícola sem desmatar novas áreas.

— A tecnologia para a produção de três safras já está dominada. Esta é uma vantagem do Brasil em relação aos países onde há neve. Nossa capacidade produtiva é assombrosamente mais elevada por conta da possibilidade de usar o solo o ano todo — diz Roberta Carnevalli, chefe de pesquisa da Embrapa Soja.

Outros exemplos – A fazenda Agromar, da Bom Futuro, em São José do Rio Claro, também em Mato Grosso faz a integração lavoura/pecuária, que permite o cultivo da lavoura e de pastagem em uma mesma área. A cultura da soja é seguida do milho e, na terceira safra, vêm as plantas forrageiras, que garantem alimento para os animais, especialmente para o gado de corte.

O produtor reduz os custos operacionais, aumenta a fertilidade do solo e acelera a recuperação de áreas degradadas — além de melhorar sua rentabilidade com o gado, vendido para grandes frigoríficos como JBS e Marfrig.

— Produzimos mais na mesma área. É um sistema mais sustentável. A pastagem melhora a fertilidade e a permeabilidade do solo para soja, evita erosão, e aumenta a rentabilidade, já que o gado engorda um quilo por dia quando se alimenta neste pasto — explica Nahzir Okde, lembrando que os 320 mil hectares da Bom Futuro, 42 mil já usam o sistema integração.

Lavoura e pecuária juntas

Para o pesquisador do Insper Agro Global, Leandro Giglio, a intensificação da produção pecuária com redução do tempo de abate, a adoção de processos de integração lavoura/pecuária, a intensificação das safras (elevando de duas para três colheitas) e a recuperação de pastagens degradadas vão permitir que o Brasil tenha potencial de dobrar sua produção sem expandir para áreas nativas nos próximos anos.

— Temos 160 milhões de hectares de pastos e mais da metade desse total com algum nível de degradação. As áreas de pastagens degradadas chegam a ser quase equivalentes ao total de área ocupada no Brasil com agricultura e silvicultura. Isso mostra que temos potencial para mais que dobrar a produção — diz Giglio.

Um estudo do Observatório de Conhecimento e Inovação em Bioeconomia da Fundação Getulio Vargas (FGV) revelou que para recuperar e reformar todas as áreas de pastagem que apresentam algum nível de degradação seriam necessários R$ 383,7 bilhões.

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