Gestor de fazenda leva mais de 50 cursos do SENAR-PR a propriedade rural, Eriel Alves de Oliveira, de Roncador, levou as capacitações a colaboradores como forma de manter a profissionalização do negócio.
“A fazenda tem que ser administrada como uma empresa”. A afirmação do gestor em agronegócio Eriel Alves de Oliveira resume o desfio do profissional que, em 2011, deixou o setor industrial para gerenciar uma propriedade rural. Naquele mesmo ano, Oliveira deu início a uma das ações que classifica como fundamental para o desenvolvimento dos negócios: capacitar colaboradores da fazenda.
Com a ajuda do SENAR-PR, em oito anos, o gestor já levou mais de 50 cursos aos funcionários de duas propriedades rurais. E garante que a qualificação da mão de obra é essencial para otimizar a produtividade. “Temos que elevar a eficiência dos nossos recursos para atingir resultados. Não adianta ter alta tecnologia se a mão de obra não é qualificada para operar esse equipamento. Além disso, a empresa tem que ser economicamente viável em consideração aos aspectos sociais, sempre visando o bem-estar dos colaboradores. Eu encontrei no SENAR-PR tudo que a gente precisa para melhorar nosso negócio”, conta.
Além de participar dos treinamentos junto com os colaboradores, Oliveira teve contato direto com o SENAR-PR antes de iniciar seu trabalho de gestão nas propriedades rurais. “Eu fiz o PER [Programa Empreendedor Rural] muito antes de assumir esse trabalho, acho que foi ali que tudo começou. É muito interessante a gente ter esse conhecimento”, aponta.
Trajetória
Entre 2011 e 2016, Oliveira administrou uma propriedade em Roncador, na região Centro Ocidental do Paraná. Posteriormente surgiu um novo desafio: colocar a fazenda Bele Tele, em Mato Rico, na região Centro-Sul do Estado, nos trilhos. A propriedade de cerca de 770 hectares estava destruída e prestes a declarar falência, devido, principalmente, a enorme quantidade de dívidas.
“Quando comecei, a fazenda não tinha um programa de gestão. Produzia pouco e o lucro mal pagava os juros das dívidas. Então montei todo o sistema e mostrei, por meio de números e dados, que a fazenda era produtiva, mas precisava de investimento. Foi feita uma renegociação, juntamos alguns recursos para estabilizar. Demos um passo para trás e, então, avançamos”, relata.
Nesse meio tempo, o proprietário faleceu, deixando a esposa e os filhos responsáveis pelo negócio. Apesar do momento conturbado, todos concordaram em seguir em frente com o projeto de recuperação da fazenda. “Conseguimos reestruturar o negócio com mudanças de comportamento. A fazenda já tinha estrutura boa, então com os treinamentos do SENAR-PR, mudamos a visão dos colaboradores”, destaca o gestor.