Previsão de crescimento para 2020 é de até 24% com expectativa de 22 milhões de doses comercializadas; produtor confia mais na genética, aponta presidente da ASBIA.
Com um crescimento sem precedentes, a Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) encerra 2019 com excelentes previsões para o próximo ano. O presidente da entidade, Márcio Nery Magalhães Júnior, faz um balanço dos primeiros meses da sua gestão e comemora os resultados alcançados. “A expectativa é ultrapassar as 18 milhões de doses de sêmen comercializadas em 2019”, revela. O cálculo toma por base o crescimento significativo nas vendas registradas no decorrer do ano. Até setembro, foram 11.450.505 doses, contra 9.701.282 no mesmo período de 2018.
Para 2020, tudo indica que o resultado será ainda mais expressivo. “Trabalhamos com a possibilidade de chegar acima dos 22 milhões de doses comercializadas, abrangendo as vendas diretas para clientes, exportações e prestações de serviço”, comenta.
Se as previsões se concretizarem, o resultado representaria um crescimento de 22 a 24% para o próximo ano. Para explicar esse cenário de aumento rápido, Márcio não tem dúvidas: é a valorização da genética que está orientando o mercado. “Esse é o principal ponto. O criador realmente acordou para o impacto da genética dentro do negócio dele – não só no aumento da produtividade, mas também na redução dos custos na fazenda. A genética consegue atuar nas duas pontas”, avalia o presidente.
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Márcio elenca, ainda, o aumento do uso da genética de corte em vacas de leite – a tecnologia beef on dairy – e o crescimento muito expressivo da utilização da IATF (inseminação artificial em tempo fixo) em rebanhos leiteiros como outros fatores que vêm contribuindo para a evolução do setor.
Por fim, o presidente ressalta o relacionamento entre a Asbia e outras entidades do segmento como uma chave fundamental para consolidar o crescimento nos próximos anos. “Trata-se de associações de raça e, principalmente, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A relação com essas entidades está resultando em diversos novos projetos que estão alavancando o setor da inseminação artificial”, afirma Nery.
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Já para 2020, a associação pretende revolucionar a forma como os relatórios trimestrais da Asbia são estruturados. “Além da estratificação já existente, que apresenta os dados organizados em nível de Estado, pretendemos, já no primeiro relatório do ano, descer ao nível do município. Isso vai dar ainda mais força ao Índice Asbia e nos ajudar, seguramente, a incrementar o uso da genética e da IATF no Brasil”, explica.