“Gang do gado” invadiu fazenda do senador Angelo Coronel e de outros fazendeiros no Recôncavo, matando a boiada a tiros e causando pânico!
Fazendeiros dos municípios de Terra Nova, Teodoro Sampaio e Coração de Maria, no Recòncavo Baiano, estão assustados com uma onda de roubo de gado na região. Os donos das propriedades relatam que os prejuízos vem aumentando de forma “assustadora”. Confira abaixo as imagens e relatos dos fazendeiros que foram prejudicados!
Pasmem senhores, o senador Angelo Coronel (PSD) teve uma fazenda em Coração de Maria invadida por bandidos, que abateram a tiros seu gado. Ele correu e pediu providências à Secretaria de Segurança Pública (SSP), acrescentando que a onda de roubo de gado no Recôncavo vem crescendo assustadoramente.
“Antes esses criminosos abatiam os animais a pauladas ou facadas. Agora é na base do tiro. Em questão de minutos eles retalham o gado e retira as partes principais da carne animal. Parece coisa de gente que entende de corte”, afirmou.
Fazendeiros de Terra Nova e Teodoro Sampaio também têm feito a mesma queixa, relatou Coronel.
Os ladrões invadem as propriedades e abatem os animais a tiro. Segundo ele, queixas são dadas, porém ações efetivas da Polícia estão longe de descobrir quem faz parte da “Gang do gado”. O senador disse ainda que os donos das fazendas já pensam em contratar segurança particular para que se evite as invasões.
“Fazendeiros já pensam em montar uma polícia paralela (milícia) para coibir tal prática”, lamenta.
“Já que a Segurança Pública não vem fazendo o papel, o jeito é ter segurança particular. Sendo assim, casos de conflitos vão começar a ser recorrentes entre bandidos e seguranças”, reiterou.
Donos de propriedades relatam que queixas são dadas à policia, porém dizem que “ações efetivas parecem longe de descobrirem esta gangue”.
Com ganhos parecidos aos do assalto a banco, roubo de gado entra na mira de ladrões
O furto e o roubo de gado, crimes que não são recentes, mas têm ocorrido com certa frequência em estados com rebanho expressivo como Goiás, ganhou um atrativo a mais neste ano. Com o valor recorde da arroba, que superou os R$ 300, o alto preço da carne e as dificuldades de rastreio do animal furtado, ladrões e grupos criminosos começaram a ver no gado um jeito fácil de gerar dinheiro.
A rentabilidade, em alguns casos, dependendo do tipo subtraído, é semelhante a de um furto a caixa eletrônico, por exemplo. Não à toa, investigações já identificaram a migração de quadrilhas especializadas em roubo a banco para o furto de gado. Um caminhão carregado com 20 cabeças de bovinos é equivalente a cerca de R$ 100 mil.
Só nos últimos dois meses, foram várias as ocorrências registradas pela Polícia Militar de Goiás (PMGO), referente à recuperação de gado furtado. O Batalhão Rural, em parceria com o Comando de Operações de Divisas (COD), identificou, entre agosto e setembro, dezenas de vacas e bois alvos de ação criminosa em propriedades rurais de cidades como Perolândia, Caiapônia, Ipiranga de Goiás, Orizona e Cristalina.
Segundo maior rebanho
Goiás possui o segundo maior rebanho bovino do Brasil, atrás apenas de Mato Grosso. Em atualização dos dados divulgada na última semana, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou um aumento do rebanho de gado no estado de 3,5% em 2020, chegando a mais de 23,6 milhões de cabeças. Trata-se de mais do que o triplo da população local (7,2 milhões de habitantes).
- Vaca Nelore Carina FIV do Kado bate recorde mundial de valorização
- ‘Boicote ao boicote’: cadeia produtiva de bovinos quer deixar o Carrefour sem carne
- Jonh Deere enfrenta possíveis tarifas com sólida estratégia, diz CEO
- Maior refinaria de açúcar do mundo terá fábrica no Brasil para processar 14 milhões de t/ano
- Pecuarista é condenado a 3 anos de prisão por matar mais de 100 pinguins na Argentina
O contexto desafia a polícia e as investigações. Os grupos e quadrilhas se aproveitam da vastidão da zona rural e das dificuldades de monitoramento para colocar em prática os crimes.
Cada vez mais organizados e articulados com integrantes até de outros estados, os coletivos trocam informações, selecionam as propriedades mais vulneráveis e com estrutura mínima (curral e embarcador) para facilitar a retirada do gado, e decidem o melhor momento de agir.