Brasil lidera negociações do GT de Agricultura neste ano e espera consenso em uma declaração sobre diretrizes da agricultura mundial.
Ministros e representantes da Agricultura deram início nesta quinta, 12, ao encontro ministerial do Grupo de Trabalho de Agricultura do G20. O evento acontece na Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso, e foi precedido por reuniões das áreas técnicas dessas pastas. A abertura foi feita pelo ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil, Carlos Fávaro.
No discurso de abertura, Fávaro ressaltou que o Brasil vai aproveitar áreas degradadas para ampliar a produção de alimentos. “Não precisamos mais avançar sobre as florestas e os cerrados para continuarmos intensificando a produção de alimentos, temos 90 milhões de hectares aproximadamente em estágio de degradação, o Brasil pode dobrar praticamente a sua produção de alimentos. Este é um caminho já apontado”, projetou o chefe da pasta brasileira.
Depois, em entrevista aos jornalistas, o ministro voltou a falar na intenção de entregar uma declaração ministerial conjunta ao final do encontro. A redação do texto ainda está em construção e só deve sair quando houver consenso entre todos os países do G20.
“É a oportunidade que temos de apresentar ao mundo e aos líderes mundiais um documento que já está estruturado e será fechado até amanhã com as declarações dos próximos passos da agropecuária mundial”, comentou o ministro.
A cerimônia contou com a participação de ministros e vices da Alemanha, África do Sul, Argentina, Arábia Saudita, Azerbaijão, Chile, China, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Estados Unidos, Holanda, Índia, Indonésia, Itália, Japão, Noruega, Portugal, Reino Unido, Rússia, Singapura, Uruguai, além de representantes da União Europeia, União, da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Ao todo, são 50 delegações.
Após a abertura, o B20 – braço empresarial do G20 – apresentou as propostas para sistemas alimentares mais sustentáveis. Uma das recomendações é a celebração de acordos multilaterais que eliminem obstáculos comerciais. Fávaro também defendeu essa posição. “Precisamos combater as barreiras comerciais estabelecidas, porque uma das formas de inclusão e alimentos saudáveis com preços acessíveis é superar as barreiras comerciais impostas por alguns países”, disse.
Na quarta, 11, o ministro entregou uma carta ao comissário europeu para Agricultura e Desenvolvimento Rural, Januz Wojciechowski, em que externa a posição brasileira sobre a lei europeia de antidesmatamento. O Brasil pediu a suspensão da medida e espera uma resposta por parte do bloco até começo de outubro.
Fonte: Agro Estadão
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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