Recursos do Fundo Clima para recuperação de pastagens, serão disponibilizados aos produtores rurais com juros de até 6,5% ao ano, prazo de dez anos de pagamento e carência, segundo o Ministério da Agricultura
O governo federal vai destinar cerca de US$ 1,3 bilhão dos recursos do Fundo Clima para o programa nacional de recuperação de pastagens degradadas e conversão em áreas agricultáveis. A captação dos recursos internacionais será feita por meio do Eco Invest Brasil, programa de hedge cambial da Secretaria do Tesouro Nacional para atrair investimentos externos voltados à transformação ecológica, conta o assessor especial do Ministério da Agricultura, Carlos Ernesto Augustin.
“Os recursos serão disponibilizados aos produtores com juros de até 6,5% ao ano, dez anos de pagamento e carência. Esse valor já está reservado, com o Tesouro destinando US$ 1 bilhão, o que pode chegar a US$ 1,3 bilhão com participação dos bancos”, detalhou Augustin, ao Broadcast Agro, nos bastidores dos encontros do grupo de trabalho da Agricultura do G20 Brasil. O programa é tido como uma das prioridades da pasta para dobrar a produção brasileira de alimentos sem abertura de novas áreas.
A captação via Eco Invest foi a saída encontrada pelo governo para a internalização dos recursos externos, minimizando as variações cambiais. A expectativa, segundo Augustin, é que os recursos possam ser disponibilizados aos produtores até o fim do ano. “Os recursos do Eco Invest vão permitir a recuperação e conversão de aproximadamente 1 milhão de hectares e efetivamente inaugurar essa nova agricultura. Não será financiamento apenas para aumentar a produção, mas sim terá de haver uma forte contrapartida de sustentabilidade com agricultura de baixo carbono “, apontou Augustin.
A equipe econômica e do Ministério da Agricultura, segundo Augustin, estão preparando um regramento específico para anunciar o edital para a recuperação de pastagens dentro da linha de “blended finance” do Eco Invest. Após a definição do modelo, o leilão será ofertado aos bancos que farão lances aos projetos de financiamentos. A linha blendend finance combina recursos públicos, provenientes do Fundo Clima gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e privados.
Em paralelo, o Ministério da Agricultura juntamente com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) está elaborando uma normativa técnica com os critérios de produção a serem cumpridos pelos produtores para os financiamentos serem elegíveis aos recursos. Entre as práticas ambientais a serem exigidas estão o uso do plantio direto, o uso de bioinsumos e práticas para redução das emissões de gases ligados ao efeito estufa.
“Os juros mais baixos serão determinantes para os produtores fazerem a conversão das áreas e adotarem essas práticas. Hoje, o País já converte 1 milhão de hectares por ano e pode converter o dobro”, avaliou o assessor especial do Ministério da Agricultura.
O projeto do governo federal prevê converter 40 milhões de hectares de áreas degradadas em áreas agricultáveis em até dez anos por meio do Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD), criado no ano passado. A ideia é fomentar a prática com a concessão de financiamentos a juros acessíveis aos produtores rurais.
O custo médio estimado pelo ministério para conversão de pastagens é em torno de US$ 3 mil por hectare, o que geraria um investimento total de, no máximo, US$ 120 bilhões (equivalente a R$ 600 bilhões), considerando a meta de recuperação de 40 milhões de hectares em dez anos. O cálculo inclui gastos com correção de solo, adequação ambiental e custeio.
Em paralelo, segundo Augustin, o governo busca mecanismos para diminuir a variação cambial para receber aportes de fundos soberanos e demais países no programa de recuperação de pastagens. A Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jika) se comprometeu em aportar de US$ 300 milhões a US$ 500 milhões no programa brasileiro.
*A jornalista viaja a convite da JBS.
Fonte: Estadão Conteúdo
UE e México firmam novo acordo comercial às vésperas da posse de Trump
O acordo visa aumentar as exportações europeias em áreas-chave como os serviços financeiros e o comércio eletrônico.
Continue Reading UE e México firmam novo acordo comercial às vésperas da posse de Trump
População empregada no agronegócio cresce 2% no 3º tri de 2024
O número de ocupados no agronegócio no período foi impulsionado pelo aumento no contingente de pessoas nas agroindústrias, e nos agrosserviços.
Continue Reading População empregada no agronegócio cresce 2% no 3º tri de 2024
Mapa firma convênio de R$ 21 milhões para defesa agropecuária no RS
Acordo de R$ 21 milhões fortalece a defesa agropecuária no RS com investimentos em sanidade e infraestrutura.
Continue Reading Mapa firma convênio de R$ 21 milhões para defesa agropecuária no RS
Calor no Sul e chuva no Centro-Oeste e Norte: confira a previsão do tempo
A aproximação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) nos próximos dias será a principal responsável pelos maiores volumes de chuva Com a presença de áreas de instabilidade e um fluxo de umidade proveniente da Amazônia, o fim de semana promete ser marcado por chuvas nas regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil. Influências climáticas no Norte…
Continue Reading Calor no Sul e chuva no Centro-Oeste e Norte: confira a previsão do tempo
Fatores que devem fazer esta safra a maior da história
As projeções apontam para uma produção total de 172,4 milhões de toneladas, um salto expressivo em comparação com as 155,5 milhões de toneladas da safra 2023/24
Continue Reading Fatores que devem fazer esta safra a maior da história
Fazenda mais cara à venda é avaliada em R$ 15 bilhões; veja a lista
Localizada no coração do agronegócio, a fazenda mais cara à venda é avaliada em R$ 15 bilhões; Confira a lista e os destaques do mercado de terras no Brasil, um dos mais dinâmicos e que segue batendo recordes.
Continue Reading Fazenda mais cara à venda é avaliada em R$ 15 bilhões; veja a lista