Indenização de produtores foi o destaque até agora em 2020 na aplicação de recursos do Fundesa; Aposta na erradicação de tuberculose e brucelose
Conselheiros do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do RS aprovaram na manhã desta quinta-feira (15) as contas do terceiro trimestre de 2020. O saldo do Fundo é de R$ 94,3 milhões. Foram aplicados, até agora, R$ 7,5 milhões entre pagamento de indenizações e investimentos no fortalecimento da defesa sanitária no estado.
O destaque da aplicação de recursos em 2020 está na indenização de produtores da pecuária leiteira, que envolveu R$ 5,2 milhões este ano, sendo R$ 2,4 milhões só de julho a setembro. “O Rio Grande do Sul vem trabalhando para erradicar brucelose e tuberculose, por isso os números de indenizações neste segmento ainda vão permanecer altos por um tempo”, afirma o presidente do Fundesa, Rogério Kerber. Segundo ele, isso é sinal de que um bom trabalho de saneamento vem sendo realizado.
Pecuária Familiar
Já entre os investimentos registrados no terceiro trimestre está o Projeto Pecuária Familiar, em parceria com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS e a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural. Nas duas últimas semanas 56 Sindicatos de Trabalhadores Rurais da fronteira do Rio Grande do Sul com Uruguai e Argentina receberam equipamento completo de informática para a prestação de serviços, como a emissão de Guias de Trânsito Animal, junto aos pequenos produtores.
- Rei do Leite: Conheça o maior produtor do Brasil
- Leite: Quanto produzir para ter retorno financeiro?
- Vaca Girolando quebra recorde mundial de produção de leite
- Quais são as melhores raças para pecuária leiteira?
- A vaca do futuro virá da genética girolando
- As principais raças de gado leiteiro utilizadas no Brasil
O presidente do Fundesa participou da entrega dos equipamentos e ficou muito otimista com o alcance que o projeto terá. “Entendemos que o produtor é o elo mais importante. Esse trabalho mais próximo da Fetag com o pequeno pecuarista vai contribuir coma compreensão de que cada um tem sua responsabilidade no processo de defesa sanitária”, afirma Kerber.
A próxima etapa é o treinamento dos funcionários dos sindicatos e a entrega da Cartilha do Produtor, com orientações sobre os programas oficiais de sanidade animal e responsabilidade compartilhada. “Este é um projeto piloto que tem se mostrado muito positivo. A ideia é espalhar o procedimento para outras regiões do estado”, revela Kerber.